A inflação ameaça reacender-se sobre os números da economia brasileira, vinda talvez no rastro desse mesmo fenómeno que tem assolado o mundo inteiro. Os economistas brasileiros têm se debruçado sobre possíveis soluções contra esse fato. O olhar atento governo demonstra preocupação.
A disparada de preços é real e já está na boca do povão, essa parte de nossa sociedade que mais sofre quando esse fenómeno acontece. Enquanto os economistas descascam os possíveis fatores causais, a população retoma antigos hábitos e procura driblar os preços já abusivos de alguns itens da cesta básica como o arroz e outros mais.
É sabido por muitos que a demanda deve ser contida. A China está aí produzindo muito mais bens de consumo do que antes, mas sem condições de produzir o alimento necessário para saciar sua super população. Mais rica, depois de retirar e usar as coisas boas da economia capitalista, tem comprado ao resto do mundo muito mais alimentos,causando com isso uma menor oferta de gêneros alimentícios e, por conseguinte, favorecendo o aumento dos preços desses mesmos produtos. Não é apenas no gigante asiático que reside o problema da alta dos preços. Há aqui entre nós um ímpeto de demanda que tem de ser contida a todo custo. Conter despesas deve ser a lição de casa do governo brasileiro e da sociedade civil como um todo.
Não deverá interessar a ninguém de bom senso que essa alta de preço e consequente risco de um aumento inflacionário maior do que esse que já é fático,podendo desestabilizar a nossa economia e fazer retornar os anos em que tudo o que se ganhava em um mês era desvalorizado em apenas um dia. Isso seria um mal para todos, indistintamente!
Comparo a inflação no Brasil à pena de morte praticada fora da lei por essas quadrilhas mais organizadas. Ela distrai silenciosamente e, quando vemos o seu rastro de destruição, é tarde. Combater a inflação é uma de nossas maiores obrigações, quiçá a maior.
O fantasma da estagflação deve habitar distàncias inatingíveis da economia. Não podemos nem devemos esquecer que, de junho de 2007 a junho de 2008, o petróleo teve alta de 90%, o gás natural 52%, o arroz 86%, o milho 61% e a soja 65%. São números fortes de mais para nos assegurar que, se não forem tomadas medidas ajustadas de combate à inflação, perderemos o muito que já adquirimos ao longo desses últimos 10 anos de estabilidade económica. Há um embrião de crise inflacionária. Nesse mesmo período, os produtos básicos subiram 35% em média. O que estamos esperando para agir com maior rigor do que foi feito até agora? Abaixo a inflação!
