Um caminho de árvores.
Um fiapo de água limpa.
O canto da mata.
Um perfume suave.
Nuvens formando figuras.
O arco do arco-íris.
O chiar de um bambuzal.
Uma cerca de arame.
Uma porteira nova.
Um chão vermelho.
Um cachorro vira-lata.
Um rocinante
Dulcineia nas noites de sonhos.
Janelas quebradas e portas abertas.
Telhas quebradas, cobrindo chuvas inesperadas.
Conversas fiadas.
Uma bicicleta no porão.
Um campo de futebol, com montes de cupins.
Uma cela na escada.
Uma cozinha arrumada.
E um ninho num quarto.
Alguém que chega.
Alguém que vai.
E alguns que foram.
E os olhos marearam.
Não precisamos ter colírio no olho, queremos é o colírio dos olhos.
Marco Túlio de Souza
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