Hoje agradeço a Deus
Pela vida que me dá
A minha querida Mãe
Que em sua casinha está
E com noventa e cinco
Resolveu com afinco
Também se isolar
Não se devem visitar
Avô, pai, filho ou irmão
Para combater o mal
Todo e qualquer cidadão
Deve em casa ficar
Para do mal se salvar
E não pegar o vírus não
Tenho irmãs e irmãos
São treze no total
Cada um é consciente
Que no cenário atual
O lugar mais seguro
Seja claro ou seja escuro
É o recesso do lar
Não esqueço de lembrar
E agradecer também
A Tarciso e Ariadne
Um gatão e uma neném
Dois dos meus filhos amados
Juntos comigo isolados
Esperando pelo o bem
Não me sinto refém
Sei que tudo vai passar
E quando um dia puder
Para o meu Banco voltar
Quero os colegas e clientes
Felizes e sorridentes
E a todos cumprimentar
Gosto de trabalhar
Para ninguém é segredo
Tenho sessenta e seis anos
De viver não tenho medo
E Para meu dia alongar
Bem tarde vou me deitar
E de manhã acordo cedo.
Tarciso Coelho, Crato (CE), 21.03.2020.
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