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Artigos-->164. A AMEAÇA DA ETERNIDADE — ROBERTO -- 02/04/2003 - 08:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Se lhe disserem que você está ajudando, não acredite. Fique na sua, ponha o pé atrás, porque sempre tem alguém interessado em prejudicar o trabalho dos escreventes. Sei que estou aqui escrevendo sob minha inteira responsabilidade e que, se vim até aqui para lhe dizer que tome cuidado, não foi por acaso. Evidentemente, você pode pensar que o perigo reside em minha pessoa. É claro que eu entendo que, se você tiver de duvidar de alguém, que seja de mim, que estou assumindo este papel pela primeira vez. Creio que percebi sua intenção e vou revelar o meu segredo: desejo ver se me livro de meus perseguidores.



Como é que você pode saber que o perseguidor sou eu? É que você está percebendo que sou atrevido? Pois muito bem, vamos encerrar este papo, pois está querendo parecer que não está acreditando em mim. Por que, então, continua escrevendo? Não sei de que está falando. Se assumi o posto de mensageiro, é que devo dar alguma mensagem?!



Não basta o conselho de ficar atento? Estou percebendo que você não só está atento como está protegido. Eu gostaria de ir embora. Não vão permitir por quê? Querem que me retrate? Que perceba que estou perturbando o ambiente? Que estou praticando o mal? Mas o que seria fazer o bem? Querem que ajude as pessoas. Ajudar como? Providenciando socorro. E a mim quem é que vai ajudar? Todos os que estão presentes, desde que manifeste o desejo de ser ajudado? Então, quero ver uma demonstração. Não haverá demonstração, sem que eu demonstre boa vontade? O que devo fazer para isso? Relatar o que venho fazendo e por que estou fazendo?



É que fui educado em mundo cheio de malícia. Aprendi, sim, com quem me ensinou, a mentir e a burlar a atenção dos outros para fazer o que bem queria. Matei, se é isso que querem saber. Não me arrependi porque o “cara” merecia levar o que levou. Dei nele de porrete até massacrar aquele verme imundo. Não sinto nenhum remorso. Sei que preciso evitar o nosso encontro, porque tenho o pressentimento de que está atrás de mim desde que soube que cheguei do lado de cá.



Ele é uma fera brava que maltratava os meus filhos, pois amasiou-se com minha mulher, depois que ela me deixou, porque eu bebia e batia nela. E também nos meus filhos. É verdade, eu acho que não foi porque maltratava os meninos, mas porque eu estava enciumado que o matei. Mas, naquele dia, eu estava de “cara cheia” e, por isso, não sabia o que fazia. Não queria ganhar nenhum prêmio por isso; eu só queria era me vingar. Eu consegui. Ele não tem o direito de se vingar pois eu... Agora fiquei encalacrado.



Pois ele que se dane. Se eu for perseguido, vou enfrentá-lo. Até quando? Pela eternidade? É muito tempo. Eu acho que estou começando a compreender. Quer dizer que, se ele não me perdoar, vou sofrer pela vida inteira? A vida aqui não termina na morte e o sofrimento vai ser eterno? E agora? A raiva não leva a nada e a violência só gera mais violência?!



Que devo fazer para parar com esse medo que estou sentindo? Deixar-me levar por vocês? Para onde? Para lugar seguro, onde vou ter sossego. Não muito porque vou continuar sentindo a presença do perseguidor. Vocês vão tentar localizá-lo, para me ajudar? Graças a Deus, estou encontrando gente que se interessa por mim. Vou, sim, com vocês, desde que me garantam que serei bem tratado. Realmente, fui muito bem tratado aqui. Preciso?



Então, quero pedir desculpas a todos e agradecer o irmão que se dispôs a me ajudar, quando o que eu queria mesmo era perturbá-lo. Acho que eu sabia que alguma coisa de bom iria acontecer-me aqui, pois estive observando por vários dias que as entidades que se aproximavam saíam bem satisfeitas. Espero estar melhor e merecer o dom do perdão. Sei que agi muito mal e me penitencio por isso.



Pedem-me para me afastar, para receber os “eflúvios”, as vibrações (explicam-me) dos presentes, bem como o roteiro que deverei seguir. Não quero atrasar o auxílio e vou saindo para deixar o lugar para outro.









COMENTÁRIO — MARCELO



Não precisaríamos comentar a presença de Roberto (Robertinho, como foi conhecido em vida), se não tivéssemos de acrescentar alguns elementos para a compreensão de sua atitude.



Quando entrou na sala, veio disposto a enfrentar a todos através da violência com que assomou o lugar junto ao médium. Como verificamos que estava emitindo evidentes sinais de pedido de socorro, embora não quisesse admitir, pois sua formação de “macho” não lhe permitiria considerar-se um fraco diante de seus semelhantes, permitimos que deixasse fluir seus pendores, para que pudesse envolver-se, como ocorre com quem parte de premissas erradas para argumentar, em disparates e em atitudes contraditórias, para desmascaramento e posterior influenciação doutrinal.



Como se viu, demorou um pouco até que admitisse ter agido mal e cometido um crime. Deixou de fazer referência a muitos outros fatos que sua vibração não conseguia esconder. Por isso, não deixamos que se retirasse, sem antes concordar em ser auxiliado. Como das outras vezes, vamos ter o cuidado de bem analisar a situação, para contatar as entidades mais aptas a dar o encaminhamento necessário para sua recuperação.



O interesse deste “caso” (vamos grifar, para que não se pense que tratamos dos seres humanos como se fossem experimentos de laboratório) reside no fato de que, embora o sofredor compreendesse exatamente onde estava a falha de seu raciocínio, não queria aceitar o erro, em absurda esperança de que encontraria justificativa válida que lhe abonasse os crimes. Por isso é que encaminhamos a linha doutrinária para o raciocínio lógico, sem fazermos referência à figura de Jesus, que foi cordeiro entre lobos e que nos serve de modelo de conduta para comoção e enleio dos espíritos sofredores que emergem das trevas, a fim de que possamos socorrê-los. Isso explica o fato de termos trabalhado tão friamente, o que não justifica, de modo algum, atitude distante, insensibilizada, de quantos participam dos trabalhos socorristas de doutrinação evangélica.



Era o que tínhamos para ressaltar, para que não ficasse impresso, na mente do leitor, dado não condizente com a realidade assistencial.







Gratos, irmão. Queremos agradecer os trabalhos do dia, despedindo-nos pelo final de semana. Claro está que compareceremos, se formos convocados, amanhã ou domingo, mas não creia que ficaremos aborrecidos, se decidir descansar um pouco mais. Sabemos que é cansativo comparecer toda tarde para este compromisso, por isso, não somos tão rigorosos que não saibamos compreender as necessidades dos encarnados. Fique na paz do Senhor e volte a colaborar conosco assim que tiver oportunidade.



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