PARA A POETA QUE ME FEZ POESIA
Querida Fátima.
Estou pasma. Não me canso de ler A LADAINHA DAS MALDITAS. Quando você me mandou e li pela primeira vez, me encontrei tão nela que tive a ousadia de te perguntar se a “bendita maldita” era mesmo eu... rs...
Nem sei ainda se estou vaidosa por tão bela e profunda homenagem. Mais que vaidosa estou agradecida por você ter rasgado minhas carnes e devassado minha alma, esta alma que entrego, sem medo ou vergonha, àqueles que me buscam na vida ou na poesia. E você foi fundo, tão fundo que me contou até coisas que eu faço tão espontaneamente que nem tinha muita consciência.
Ao ler – e dissecar – seu poema, eu me agradeço por ter feito a opção de apenas escrever o que sinto e vivo, de me entregar nua e crua na poesia que é minha paixão, meu sustento interior, razão maior de minha vida. Você me fez perceber o valor dessa entrega quando diz "IMPLORAS o SENTIR Quando a ordem GLOBAL é o ter!" Sim, sentimento é a mola de minha vida porque é o que nos realiza a todos e nos torna eternos. O “ter” jamais preencherá o vazio do coração humano, pois que é passageiro e fátuo.
Não sei, grande Poeta, se mereço essa “bendita maldição”. Mas confesso e garanto que ela me fez sentir gloriosa.
Não sei também como agradecer... Queria dizer mais, as palavras me faltam... Mas deixo aqui, para você, meu beijo comovido.
Sal
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LADAINHA DAS MALDITAS - UMA HOMENAGEM
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