-- 14 ------ Ao cabo de meio-ano
-- 24 ------ Que experimentei na Usina
-- 34 ------ Do engano ao desengano
-- 44 ------ Todo o balanço me ensina.
-- 05 ------ Já ao jeito da rotina
-- 06 ------ Posso agora acreditar
-- 07 ------ Que irei continuar
-- 08 ------ Com a mesma adrenalina
-- 09 ------ Mas com mais disciplina
-- 10 ------ O meu timbre lusitano
-- 11 ------ Evitando o leviano
-- 12 ------ E de guerrilhas bem farto
-- 13 ------ De polémicas me aparto
-- 14 ------ Ao cabo de meio-ano.
-- 15 ------ Prezo-me de ser humano
-- 16 ------ Sempre pronto a perdoar
-- 17 ------ Quem me ofende e a sanar
-- 18 ------ Com pundonor qualquer dano
-- 19 ------ Porque ao ódio não dou pano
-- 20 ------ Quando o vento desatina
-- 21 ------ Entre as ondas da má sina
-- 22 ------ Até me sinto despeitado
-- 23 ------ De enfrentar o mau bocado
-- 24 ------ Que experimentei na Usina.
-- 25 ------ Porém é nesta oficina
-- 26 ------ Sem dúvida o preconceito
-- 27 ------ Fero e perverso defeito
-- 28 ------ A vir mais vezes acima
-- 29 ------ Não perdendo nunca a rima
-- 30 ------ Como se fosse um beltrano
-- 31 ------ Enfumado em havano
-- 32 ------ Para quem a humildade
-- 33 ------ Apenas é veleidade
-- 34 ------ De engano em desengano.
-- 35 ------ Ora assim mais veterano
-- 36 ------ Nas lides de usinar
-- 37 ------ Não poderei ignorar
-- 38 ------ O meu principal arcano
-- 39 ------ Musa, lira, bom plano
-- 40 ------ Que me inspira e fascina
-- 41 ------ Com força quase divina:
-- 42 ------ Dilecta Milene Arder!
-- 43 ------ E se me fiz entender
-- 44 ------ Todo o balanço me ensina.