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Cartas-->O Pais do Passado -- 05/09/2004 - 20:19 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


SETE DE SETEMBRO
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

De repente, bateu aquela saudade. De um Sete de Setembro passado. Guardado no baú de minhas recordações. Ali fui procurá-lo. E lá estava ele: fotografado. Um instante de um belo momento. De um feriado; jamais esquecido. De um grito de liberdade. Ainda que em fotos fora de prazo. De validade. No papel que se via meio enrugado. Entre sujo e rabiscado. Amarelado. Várias fotos. De canhões e de soldados. Um momento mágico.

Que trago na manga, dentro da carta de um baralho. Na cartola de um coelho branco, verde, azul e amarelo. O coelho do jeito que eu quero. Com as cores certas para homenagear o Dia da Pátria Amada, Brasil.

O Sete de Setembro de céu azul e de sol forte e amarelado. De mãos de crianças ocupadas com algodão doce e com pipocas. Doces e salgadas. Nas cores rosa e branco. Carameladas.

Ao som da banda de fuzileiros navais, com sua dança e sua trança, no vai e vem da alegria da criança. Ao som marcado pelas pernas firmes dos soldados. Enfileirados.

Dos grupamentos bélicos. Da esquadrilha da fumaça. Assustando e alegrando o céu da praça. Com seus rabiscos e desenhos de fumaça. Mostrando o orgulho e o valor do brasileiro. De uma raça. De companheiros. De antigos e destemidos guerreiros. Que agora passa. Cambaleantes. Altaneiros. Ex-artilheiros, infantes e cavaleiros. Atuais heróis nacionais. Ex-pracinhas que por nós lutaram. Com os aliados. Bons companheiros. Nos campos da Itália e do mundo inteiro.

Envolto em bandeirinhas, cansado e satisfeito, percebo que o pirulito chegou ao seu final. E, de mãos dadas com meu pai, volto para casa, orgulhoso de ser brasileiro.

O Brasil dos brasileiros. Sem predadores nacionais e estrangeiros. O Brasil dos bons propósitos. Da educação pública de qualidade. Da fartura de emprego nos classificados. Do salário condizente. Da justiça social. Do transporte coletivo, ao ar livre, como o bonde. Da assistência à saúde. O Brasil que não se esconde. Em promessas e mentiras. Que adia o futuro mais pra frente. Eternamente. Com bravatas e metáforas. Que explicam, mas não justificam. Que país é este? Que país será este?
Que futuro nos espera? Que Sete de Setembro teremos?

Precisamos reproduzir aquelas fotos. Voltar ao passado. Retomar nossas reais crenças e valores. Voltar nossas atenções para o povo brasileiro. Para o nosso Brasil. Precisamos voltar a gostar de nossas cores. Do verde, do amarelo, do azul e do branco. Com ordem e progresso.

05 de setembro de 2004












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