Eu acredito neste celeiro imenso de esperanças que o povo brasileiro deposita em seu país. Cada dia mais nós o encontramos mais próximo de nossa realidade. O volume das terras férteis que temos hoje e a quantidade de água disponível para irrigar essas mesmas terras nos creditam possibilidades interessantes para virmos a ser o diferencial na oferta de alimentos, não apenas para o nosso continente, mas para o mundo como um todo.
Se há pedras no caminho? Claro que há e não são poucas. A violência urbana, o analfabetismo, etc., estão entre essas tais. O Brasil necessita tornar-se um país mais sério, sem essa assombrosa malversação do dinheiro público que temos presenciado nas últimas décadas de vida republicana e essa nojosa sonegação fiscal que vai além do cultural. Esses males devem morrer definitivamente. Devem saír da vida do país.
Muitas vezes eu me pego habitando minhas descansadas reflexões e antevejo esse celeiro em prática e até me alegro. Somos mesmo um país de excessos, onde a generosidade da natureza está inclusa nesse planalto dadivoso. Temos abundància de petróleo, de água potável, de minerais nobres e, ao meu ver, uma das mais interessantes reservas, a de seres humanos, essas criaturas mais alegres do mundo. Sabemos sorrir como ninguém. Nosso trabalho carece ser mais representativo diante da firmeza com que o futuro nos espera. Somos, sim, responsáveis por tudo isso.
As cidades grandes não devem crescer mais do que já cresceram. Alimentar seus crescimentos já realizados, por si só,estaria de boa monta. Equacionar-se esse crescimento desembestado e concentrado demais em algumas regiões do país há de ser corrigido. O Norte do Brasil precisa receber um reolhar mais cuidadoso do Estado brasileiro. Há em nosso território os opostos indesejados entre a baixíssima densidade demográfica do Norte e a altíssima do Sul e Sudeste. Reencontrar caminhos, redesenhar o reestabelecimento do progresso, diluir as dificuldades e avançar rumo ao desenvolvimento inteligente, eis a questão mais racional a ser atingida por todos nós brasileiros.
E por aí devemos transitar desassombrados porque está escrito que seremos um dos primeiros em quase tudo. Isso já se lê com clareza. Temos abundància de uma plêiade de coisas que poderão muito bem ser divididas com os nossos irmãos de outros continentes. Harmonizar o nosso crescimento industrial é muito bem desejado. No futuro estarão as soluções para o nosso desenvolvimento responsável. Já que estamos à mesa, é necessário rediscutirmos toda essa problemática de falta de alimentos no planeta.
Esperam-se do nosso patriotismo os seus bons frutos. Nada de exagerarmos com suas ações. Somos responsáveis pelo que faltar fora do nosso país, mas de uma forma pensada, estruturada e livre das ambições impostas por um mercado sem muitas ofertas como vemos hoje. Nosso papel é deveras importante. Temos que cumpri-lo muito bem para sermos reconhecido como uma civilização dadivosa e responsável pelo planeta como um todo.
Se nos é tão cobrado o desmatamento da Amazónia, nada mais justo do que nos policiarmos no enfretamento desse problema que não pode apenas ser visto como nosso. Ele é de todo o planeta. Devemos nos conscientizar de sua grandeza, minimizar seus males e dele tirar o proveito solucional.
