E quando eu chego perto da sua cor é que sinto o cheiro do arco íris. É que fervo por cada poro da minha pele - tecido aquecido e frágil.
E quando seus olhos abocanham minha boca, meio acanhada eu lhe ofereço flores plantadas no meu jardim. E mesmo que você não as aceite, dou um suspiro longo e algo branco me invade. E fico em paz.
E quando sua mão de bicho me puxa o cabelo, eu não faço questão de lutar contra. Vou ao encontro de seu comando e obedeço à necessária vaidade.
E é verdade...eu agradeço esse bem que você me faz. Cantando o duro e o morno, mostrando o frio e o azul, forçando minha cabeça sonhadora a enxergar que nem tudo é puro, que nem tudo é ouro. Mas que do bom pode-se fazer melhor. E do melhor pode-se provar. E é aí que você entra: me provando. E interprete isso ao seu próprio gosto.