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Poesias-->EXTREMOS -- 17/07/2001 - 21:08 (J. B. Xavier) |
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EXTREMOS
29/08/87
Nenhum silêncio
Será jamais
Tão profundo
Para calar meu mundo,
Nenhum indício
De precipício
Me fará mudar
De direção...
Nas mãos o pensamento,
No pensamento
As mãos...
Nenhuma sombra
Será jamais
Suficiente
Para encobrir por inteiro
A luz que me ilumina
A alma,
Nem a eternidade
É suficientemente
Extensa
Para não caber
Num segundo...
Ns mãos
Os pensamentos e os atos,
Nos atos,
Os pensamentos e as mãos...
Nenhuma luz
Será jamais
Tão brilhante,
Que a tudo ilumine,
Nenhuma treva
Será jamais
Tão escura
Que meus sonhos
Encubra...
Nenhuma lágrima
Será jamais
Tão tristonha
Que não consinta sorrir,
Nem nenhum sorriso
Será jamais tão alegre
Que não permita chorar...
Nenhum ruído
Será jamais
Tão estridente
Que não conceda o silêncio
Nem nenhum silêncio
Será jamais
Suficientemente profundo
Para calar meu ser
E nenhum poder
É suficientemente forte
Para selar minha sorte...
Nenhuma calma
Será jamais
Tão tranqüilizadora
Que não permita
A agonia,
Nem nenhuma noite
Será nunca tão extensa
Que impeça o nascer
De um novo dia...
A luz...
A treva...
O grito...
O infinito...
O silêncio...
O movimento...
A imobilidade...
O vir-a-ser
Um novo amanhecer...
* * *
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