- Que língua falavas... Paizinho... Quando do barro criaste o Adão e de uma das suas costelas lhe constituiste a companheira?...
- Alto lá... Gajão... Se te metes por aí fulmino-te...
- Tu fulminas-me... É o "tanas"... Eu entendo tudo quanto não expressas em som... Mas só agora... Que já nem dentes tenho para comer maçãs...
- Sabes que vou punir-te quando eu quiser?...
- Sei... Mas quem vai punir-me: tu ou ela?...
- Ela?... Ela... Quem?!...
- Exactamente "aquela" que mais século ou menos século também dará cabo de ti... Tal como deu cabo dos outros todos e dará dos que se atrevam a surgir...
- Atreves-te a falar-me assim... Ó sacrílego hereje sacaninha?...
- Falo?... Falo... Não: ESCREVO!... Está escrito... E assino.
Torre da Guia = Portus Calle
= PS =
- Senhor... Vamos matar o gajo. O sacana não sabe o que escreve. Sequer perdão merece...
- Não... Isso não... Deixai-o viver. Quem o castiga sou eu...
- Seja feita a Vossa vontade... Amen!...