Durante a segunda grande guerra chegou ao Brasil a famosa gripe espanhola, para a qual não se tinha medicamentos. Os acometidos da tal gripe, se estivessem fracos acabam por perder a vida. Na Cidade de Itaguaçu, no Espírito Santo, não foi diferente, muita gente pegou a doença. O Maestro Sebastião caiu doente e recebeu a visita do compadre Mumbuca que era um homem muito solidário e que quase sempre assistia as pessoas até na hora da sua morte, colocando-lhes uma vela acesa na mão. Na casa do Sebastião, Mumbuca foi chegando e vendo a febre do dono da casa, perguntou à Dona Alice. “Comadre, a senhora está prevenida de vela ?” E como Sebastião estava febril mas ainda estava ouvindo bem, chamou a sua mulher Alice e pediu-lhe: “ Alice, manda o compadre Mumbuca embora, ele está me agourando.’ O Mumbuca saiu da casa do Sebastião e logo entrou na casa de um vizinho que estava nas últimas. Quando viu que o cidadão estava morrendo pediu que lhe trouxessem uma vela. Como a dona da casa respondeu que não tinha vela, disse-lhe: “ então a senhora me traga uma brasa”. A mulher trouxe o carvão quase em brasa e o Mumbuca colocou na mão do agonizante e soprou. O velho abriu os olhos e disse: “ morrendo e aprendendo”, morrendo logo em seguida. Eu já tinha visto o ditado “ vivendo e aprendendo” , mas pela primeira vez vi
a versão “ morrendo e aprendendo.” .