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Artigos-->A IMPLOSÃO DA ONU -- 29/03/2003 - 15:29 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A IMPLOSÃO DA ONU



Paulo de Góes Andrade



Em 24 de Outubro de 1945 nascia a Organização das Nações Unidas. Pela maioria dos 51 Estados Membros, foi ratificada a sua Carta. Hoje, fazem parte da ONU 191 membros.



Assim, o Mundo se garantiria de agressões, de provocações dos povos entre si. Tudo se resolveria, diplomaticamente, nas mesas de trabalho daquele organismo internacional, embora sediado em Nova York. A paz estaria selada a partir daquele ano, finda a guerra contra o nazismo, que humilhou a humanidade com a prepotência de Hitler.



Contudo, os conflitos bélicos não cessaram. Árabes e judeus não se entendem e se digladiam, até hoje, pela ocupação de territórios pelos israelenses. Em 1982, o exército de Israel invade o Líbano para destruir o quartel-general da OLP em Beirute. Em 1980, o Iraque atacou o Irã, conflito que durou oito anos, deixando um saldo de um milhão de mortos. Não parou por aí. A ferocidade de Saddam Hussein, em 1991, investiu contra o Kuwait, buscando assim o domínio petrolífero. Os objetivos das Nações Unidas, entre outros, de manter a paz em todo o mundo, estavam vilipendiados, afrontando assim o respeito pelos direitos e liberdades dos povos.



E agora, abusando da sua supremacia, tanto no que respeita a sua economia, como no seu potencial bélico, os Estados Unidos rasgam a Carta das Nações Unidas nesse gesto irracional de interferir pela força num país, seja lá como seja a sua constituição governamental, deixando o Mundo perplexo diante da desobediência aos princípios democráticos. Feriram os mandamentos de que “as Nações Unidas não podem interferir nas questões internas de um país” e que “os países devem tentar resolver os seus diferendos (?) através de meios pacíficos”.



O Sr. Bush (filho), apoiado e aconselhado, sem dúvida, pelo ex-presidente George Bush (pai), teria que levar avante o propósito de derrubar o ditador iraquiano Saddam Hussein, que continuou firme como mandatário daquele país, mesmo enfraquecido após a Guerra do Golfo de 1991, e submetido ao embargo comercial, aprovado pela ONU, sob os desejos imperativos dos EUA. O velho Bush, sábio e experiente, tinha conhecimento da riqueza do solo iraquiano, que guarda para o futuro a segunda maior jazida petrolífera do globo. Essa, então, seria a oportunidade, levando-se em consideração a destruição das torres gêmeas do World Trade Center, para investir sobre o Iraque com a engenhosidade de que Saddam, que não tem a bomba atômica, dispõe de elementos poderosos de destruição em massa. O projeto de invasão ao Iraque, hibernado, e relegado por Bill Clinton, teria agora a sua vez. E isso aconteceria, mesmo sem o terrorismo islâmico de 11 de setembro em Nova York, no governo de George W. Bush.

Osama Bin Laden, que, comprovadamente, foi o provedor daquela façanha, que abalou o sentimento dos americanos, caiu no esquecimento. Bush, levado pela emoção que, naquele momento, envolveu os seus compatriotas, deslocou uma força-tarefa para vasculhar as cavernas nas montanhas do Afeganistão em busca daquele terrorista, que, tudo faz crer, continua vivo, e, talvez, na espreita, para logo retomar as suas atividades criminosas contra a América e o seus aliados. E Saddam Houssein “pagou o pato”. Tornou-se o único ditador cruel e sanguinário que deve ser despojado dos seus poderes. Bush não incluiu em sua agenda os ditadores - não menos cruéis - Fidel Castro (Cuba), Hong Song Nam (Coréia do Norte), Muammar Kadafi (Líbia) e outros países pobres da África.



Atrás de tudo isso, observadores internacionais vêem que “sinais de debilidade emergem com os escândalos das grandes corporações, envolvendo o alto escalão do governo, a crise econômica persistente e a falta de perspectiva de recuperação”. O presidente George W. Bush, que deseja um segundo mandato no comando dos EUA, tenta, com o uso da força contra o Iraque, esconder também as falhas no programa espacial. Também quer mostrar ao povo americano que o seu presidente está atento a qualquer hostilidade que venha manchar os princípios democráticos que regem a constituição da América, desde os seus primórdios.



Espera-se, então, que os eleitores de Bush se façam de desentendidos da sua insensatez, invadindo o Iraque, sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e o elejam para um segundo mandato. Mesmo implodindo, como implodiu - com a sua arrogância - aquele organismo, que aconselha que “os países devem evitar utilizar a força ou ameaçar utilizar a força”.

Qual será o papel da ONU daqui para frente?





Brasília (DF) – 28 / 03 / 2003

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