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Humor-->os dois portugueses e o bezerro -- 07/09/2005 - 09:13 (Moacir Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os dois portugueses e o bezerro

Moacir Rodrigues

Certo dia eu caminhava em direção à minha escolinha e alcancei a TIA GALDINA. Como sempre, a cumprimentei e pedi que contasse uma história. Ela relutou muito porque tinha a concepção aprendida com os antigos, de que contar histórias durante o dia fazia criar rabo, ou seja, o homem ou a mulher que contasse história com o sol quente criaria rabo como se fosse um dinossauro. Entretanto, ela não resistiu à minha insistência e acabou por contar a história de dois portugueses que estavam disputando um bezerro nascido de um encontro indevido do touro de um com a vaca do outro, após o primeiro animal saltar a cerca da divisa. Contou-me então: “ Aqui no Passa Tempo tinha um juiz muito enérgico e temido por todos. E no meio rural moravam dois portugueses cujas propriedades faziam divisa. Certo dia, o boi do Manuel saltou a cerca e acabou por se cruzar com a vaca do Joaquim, surgindo desse cruzamento um bezerro de alta linhagem. Como o nascimento do animal iniciou-se uma disputa do bezerro pelos dois portugueses, que nem precisa explicar, eram pouco inteligentes e espalhafatosos. Surgiu entre eles um ligeiro desentendimento porque ambos se julgavam donos do animal. Manuel argumentava que o bezerro era dele porque jamais a vaca do Joaquim iria conceber uma cria sem o seu touro. O Joaquim, por sua vez, argumentava que o touro do Manuel não teria condições de ter o bezerro sem a participação de sua vaca. O Sr. Abner Marques, homem vivido no Fórum local e escrivão há muitos anos, presenciando a discussão aconselhou os dois portugas a levarem o caso para o juiz porque não poderiam usar a sabedoria do Rei Salomão, ou seja, ameaçar a divisão do animalzinho ao meio, dando a metade a cada um, visando saber quem era o dono. Então, lá se foram os dois portugueses em direção ao Fórum. O salão do júri de Passa Tempo, como qualquer outro, tem uma cerquinha gradeada de madeira separando a mesa do juiz do plenário. O juiz, um tanto circunspecto achava-se sentado à mesa estudando o processo de um dos poucos homicídios ali ocorridos quando chegaram os dois portugueses discutindo. O Brumana, um oficial de justiça que cantava com a filha na Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte, se aproximou do juiz e com toda sabedoria disse: “ Doutor, o senhor pode resolver a questão desses dois.” O juiz respondeu: “ Estou um tanto ocupado, mas vou lhes dar um minuto.” Digam logo. O Manuel começou a contar o incidente mas o Joaquim interrompeu dizendo: “ Você é burro, é melhor que eu exponha o fato para o doutor". E contou ao juiz nos mínimos detalhes, fazendo uma comparação: “Doutor, suponhamos que eu sou o boi e o senhor é a vaca. Mostrando o pequeno alambrado do salão do júri acrescentou: Suponhamos ainda que eu estou neste pasto e o senhor, que é a vaca, está neste ai. Num determinado dia, você está “disposta” , eu me desespero e acabo saltando a cerca e fazendo amor com você , nascendo um lindo bezerrinho. A quem pertence esta cria ? O juiz sentindo-se ofendido respondeu: “ O bezerro pertence à sua mãe”. O Joaquim levantou-se comemorando e disse: “ Muito bem Manuel, o bezerro não é meu e nem seu, é da mamãe”.
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