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Teses_Monologos-->No Caminho das Manchetes -- 07/03/2004 - 18:13 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

No Caminho das Manchetes
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

É sempre assim. As notícias consideradas sensacionais, terríveis, curiosas ou escandalosas, entre outras, têm seu momento de sucesso, de fama, de passarela ou de celebridade. E passam a ocupar as primeiras páginas dos jornais; e a compor a lista das mais imoortantes do dia, na abertura dos telejornais. E ali permanecem até atingirem o que - em Administração - costumamos chamar de “curva de fadiga”.

Em outros casos, as notícias desaparecem por motivos nem sempre justificáveis. Muito embora possamos até inferir suas causas: pressões políticas, econômicas, interesses diversos e assim por diante.

As manchetes surgem, geralmente, a partir de furos de reportagens, calcadas em denúncias (vazias ou não), quando se tratam dos escândalos; ou são transportadas, diretamente dos fatos do dia-a-dia, nos demais casos: eleições, terremotos, incêndios, copa do mundo, olimpíadas, rebeliões em presídios, narcotráfico, seqüestros...sempre com uma pitada a mais de sal ou de fermento.

As notícias - que são manchetes - iniciam sua aparição em letras grandes e frases assustadoras; em tom de pânico iminente, tocando fundo o emocional das pessoas. Com o tempo, diminuem de tamanho e de tom assustador; e passam para o interior dos jornais, com letras menores; algumas mudam de caderno; e todas, com o tempo, desaparecem, sem que se saiba a que fim chegaram.

Outras voltam a ocupar seus espaços (caso dos escândalos da Previdência, do crime organizado, dos “fernandinhos” e “silveirinhas”, entre outros) re-iniciando o ciclo do sucesso ao esquecimento.

E outras possuem cadeira cativa no noticiário internacional, como é o caso, por exemplo, do terrorismo religioso entre Israel e a Palestina e o terrorismo político e econômico, entre os EUA e o Afeganistão, Iraque, Cuba, enfim.

O caso do Waldomiro, que se desdobrou na guerra das CPIs, passando pelos bingos e pelas loterias da Caixa, causando infiltrações na estrutura das dependências do quarto andar do Palácio do Planalto, é exemplo recente.

Hoje, aqui em Brasília, as manchetes falam de seqüestro-relâmpago e de José Dirceu dando suas “explicações” para os acontecimentos do passado recente. Tem-se a impressão de que nada aconteceu. Foi, apenas, uma chuva isolada. E que o tempo, tudo indica, vai melhorar.

Dizem que o brasileiro tem memória fraca ou que não sabe votar. Temendo por esse rótulo injusto, sugiro, para acabar com essa prática de informação pela metade, que os jornais, principalmente os impressos, criem mais um caderno especial. Semelhante aos que já existem: caderno de turismo, de informática, de esportes, e tantos outros. Que se crie, urgentemente, o CADERNO DOS ESCÂNDALOS NACIONAIS.

Esse caderno encarregar-se- ia de acompanhar, diariamente, até o seu desfecho, todas as notícias sobre escândalos diversos, desvios de verbas, de conduta e outros delitos envolvendo autoridades e pessoas físicas e jurídicas da nossa sociedade.

Tenho certeza que os jornais só teriam a ganhar com a medida. Suas vendas aumentariam de forma assustadora. E o cidadão brasileiro, honesto e trabalhador, que vota e paga seus impostos, muito agradeceria.

07 de março de 2004






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