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Artigos-->159. MENSAGEM VISUAL — MARCEL -- 28/03/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Cá estamos, irmão, querendo oferecer os nossos serviços de pintura de quadros evangélicos, de acordo com o sugerido pelo irmão Homero em seus comentários à longa perlenga de nosso confrade Ovídio.



Sabemos que pintores de poucos recursos fomos em vida, mas nos atreveremos a desenhar alguns traços, se o irmão médium se dispuser a oferecer o seu aparato físico. Basta deixar que delineemos alguns rabiscos por sobre folha de papel em branco.



Queremos advertir, desde logo, que não prometemos nenhuma obra-prima, mas será tão-só primeira tentativa nossa desde que deixamos a nossa carcaça apodrecendo sob o solo de nossa terra natal, Joinville.



Então, vamos trabalhar.





***





O que fizemos foi pálida idéia de quadro nosso exposto em Santa Catarina, em um dos museus locais. Temos por essa tela respeito muito grande, pois foi, através dessa paisagem, que quisemos transportar todo nosso bucolismo, para visão bem saudável da vida.



A casa representa o lar na Terra. O lago é a fonte de riquezas que o Cristo nos legou com sua sabedoria infinita. Nesse lago, colocamos o nosso barco, com o qual sempre estaremos prestes a navegar nas águas do Cristo. As árvores que se refletem nas águas são as virtudes que se alimentam das águas cristalinas da pregação evangélica e que produzem os frutos da fé, da esperança, da caridade e do amor. Ao lado da casa, que representa a convivência familiar, situamos árvore isolada. Essa é a que representa o espírito da comunhão familiar que serve como recurso para alimentar as esperanças de cada um dos membros da família. O céu apresenta-se cheio de nuvens, que servem para obscurecer todo o ambiente: são as nossas provas durante a vida. O caminho da casa até o lago é reto, porque temos que ir diretamente a Jesus quando nos sentirmos ameaçados pelos pesadelos da ausência de fé, da desconfiança ou do desespero a que nos entregamos quando sentimos que, por falta de amor, estamos perdidos para o mundo. Finalmente, as montanhas são como muros altos que nos protegem do assédio das maldades, são os espíritos protetores, e a casinha atrás do edifício maior é o celeiro, onde guardamos as nossas realizações no campo espiritual.



Esse o nosso cometimento, o nosso atrevimento, para participarmos também das glórias deste dia, que tão gratamente nos foram oferecidas, dadas as generosas vibrações de amor que nos envolveram a todos durante o transcorrer da sessão. Pedimos escusar-nos por prometer quadro desenhado mas solicitamos também a compreensão para as dificuldades do próprio serviço.



Atendendo a solicitação do médium, devo dizer que o irmãozinho que lhes escreve não teve o ensejo de operar ainda mecanicamente, por isso, apenas sugeriu o que deveria ser rabiscado.



Por outro lado, não queiram ver nesse nosso atrevimento outra coisa que não fosse o desejo incomensurável de partilhar dos trabalhos, colaborando um pouco para que o evangelho do Cristo se veja mais divulgado que os deletérios produtos que a farmacologia e a indústria alimentar estão disseminando pelos cartazes que, não podemos negar, têm o mérito de tecnologia avançadíssima, de modo a tornar mais atraentes os produtos. Se todo esse aparato científico fosse empregado para a divulgação do evangelho, obteríamos resultados surpreendentes na captação de mais pessoas para participarem das lides do bem-querer.



Enfim, vamos acreditar que não demore muito para que conquistemos posição mais confortável para oferecer os nossos préstimos, no arrimo dos ânimos vilipendiados pela usura e pelo comprometimento com as forças mais denegridoras do submundo, do Hades, do Umbral.



Vamos elevar nossas preces a Deus, rogando à sua misericórdia que se apiade de nós e nos ofereça o concurso de seus mais preeminentes mensageiros, para que obtenhamos os ganhos necessários para nos aprumarmos sobre os pés, de sorte que nos reequilibremos para seguir a nossa viagem rumo à Terra Prometida.









COMENTÁRIO — MARCELO



Apenas para não deixarmos passar em brancas nuvens a colaboração de Marcel, devemos dizer que ficamos muito bem impressionados com sua colocação “pictórica” dos elementos da evangelização cristã. Não sabíamos que os quadros pudessem oferecer tal tipo de interpretação e revigoraremos os estudos, para que possamos passar a compreender com sagacidade as intenções dos que se aprimoraram na consagração da linguagem visual.



Por pouco não temíamos pela sorte do escrevente, que tão corajosamente se dispôs a elaborar a “pintura” ou o “desenho”, sob o risco de enfrentar situação vexatória, altamente prejudicial, caso se visse como joguete de espíritos irresponsáveis. Se estamos acrescentando este comentário, é mais para incentivar o médium a prosseguir intimoratamente a apanhar as mensagens que costumeiramente temos trazido à sua consciência.



Caso tivesse estranhado o trabalho que lhe foi solicitado, teríamos intercedido para as devidas explicações, em tempo hábil de alertá-lo para a estrutura nova que estava sendo apresentada. Felizmente, não foi preciso e julgamos que o texto de Marcel tenha esclarecido sobejamente a mensagem. Caso restem dúvidas, leia este comentário para verificar, nas entrelinhas, que estamos fornecendo cobertura total, para que os méritos sejam todos postos à mostra, a fim de que os titubeios não ocorram.



Quanto à mensagem em si, podemos afirmar que Marcel foi muito feliz nos comentários que aduziu ao desenho, o que, de resto, foi a única explicação que nos levou a considerar as subjacentes intenções, caso contrário teríamos visto no trabalho tão-só rabiscos muito mal configurados. Achamos que toda obra deve despertar sentimentos e, por isso, acreditamos que o original a que fez referência tenha os elementos necessários para que a interpretação do texto visual possa ser feita sem dificuldades.



Sendo assim, vamos aplaudir o texto do irmãozinho, aconselhando-o a que se esmere na linguagem, de sorte a oferecer mensagem à altura de seu desenvolvimento moral, que é, como pudemos observar, de ordem bem elevada para quem se apresentou para um primeiro trabalho. Por isso, desejamos-lhe todo o sucesso na nova carreira e que busque consagrar-se nas artes missionárias do mesmo modo que se saiu nas artes pictóricas.



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