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Artigos-->158. EM TORNO DOS “OUTDOORS” — OVÍDIO -- 27/03/2003 - 06:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sem que tivéssemos percebido, percorremos o espaço em busca de cantinho em que pudéssemos oferecer um pouco do muito que aprendemos com os irmãos maiores, aqueles a quem cabe ensinar o caminho do bem. Sentimo-nos inteiramente à vontade para escrever a respeito de assunto polêmico entre os humanos: a miserabilidade moral provocada pela influenciação dos cartazes pornográficos que se situam em inúmeros logradouros públicos.



É de notório mau gosto o que está sendo exposto para que as pessoas, inadvertidamente, independentemente de seu grau de desenvolvimento moral ou intelectual, possam vir a contemplar, preparando-se emocionalmente para a aquisição dos bens oferecidos na propaganda.



Evidentemente, não são todas as pessoas que param para pensar a respeito dos temas absurdos que se lhes antepõem ao olhar. Muitos tomam os artifícios das artimanhas dos propagandistas até mesmo como sendo “naturais”. É preciso tomar muito cuidado, entretanto, pois valores estão sendo inseridos subliminarmente na mente humana, despertando para uma vida material que não se coaduna com o que Jesus veio pregar aos homens.



Se, por vezes, os cartazes pregam a caridade, a esperança, o amor, a fraternidade e a boa vontade, de outras muito mais numerosas, instigam a avidez, o orgulho, o preconceito, a ganância, a usura e todos os males que soem acometer a sociedade atual, especialmente no que respeita às propagandas bancárias, que são, de longe, as que mais instigam os encarnados a se manterem bem distantes das atividades espirituais que os levariam a rejeitar os bancos como instituições benéficas.



Não estamos tentando alijar da sociedade esta instituição, que muitos serviços úteis está apta a oferecer. O nosso intuito é comentar a sedimentação de viciosas atitudes que as propagandas promovem junto à população.



Se quiserem fazer propaganda, que vejam nas instituições sociais os aspectos mais nobilitantes, que podem ser soerguidos e enfatizados. Ficar, lubricamente, mostrando o corpo feminino, em incentivo às mulheres para que ofereçam os seus favores, irrestritamente, como ato de desapego, e aos homens, de procurarem nos encontros fortuitos a realização de seus mais baixos desejos carnais, é deveras criminoso.



Além de atentarem contra a moral vigente, buscam estabelecer novo aparato moral, que não elimina totalmente os atributos antigos, pois são eles que dão embasamento para propiciarem o toque de malícia subjacente para tornar atrativa a publicidade.



Se, por um momento, pudéssemos abstrair-nos de tudo o que existe de ruim na face da Terra e ficássemos apenas observando o procedimento humano através dos quadros que se retratam nos painéis, nos “outdoors”, ficaríamos pensando que tudo transcorre como se o orbe fosse encantado, pleno de luz, maravilhoso. No entanto, tal não ocorre, pois o que vemos, na realidade, são povos sofridos, vivendo na mais negra miséria, ao desamparo das forças econômicas que detêm o poder político para poderem manter o seu domínio. Não há possibilidade de reação, pois as forças militares agem segundo prescrições desses governantes pagos pelos trinta dinheiros dos que se arvoram em “grandes da humanidade”.



Sabemos que muito terão os homens que caminhar para conseguirem padronizar o comportamento social pelos seguros princípios evangélicos. Os “outdoors” são tão-só o reflexo deste estado de calamidade em que se encontra a sociedade humana, desde que se deixou envolver pelas conquistas tecnológicas voltadas para a manutenção do “status quo”.



Por isso, o nosso deslumbramento quando encontramos seres, entidades, sociedades filantrópicas, instituições de auxílio e até mesmo escolas em que se tornam inócuas as sugestões da propaganda de massificação que se estampa à face dos transeuntes nos logradouros públicos. Esse nosso deslumbramento rapidamente se transforma em ajuda efetiva, de modo que nos integramos às equipes que se abalançam ao auxílio dos que sofrem das desditas maiores, fruto da insânia que conduz os destinos da sociedade.



Vamos elevar os pensamentos a Deus, para que envie, através dos irmãos maiores, a devida orientação para que cada um possa enxergar, possa considerar, possa analisar, possa ver, enfim, com os olhos mais despertos, o que de maldade se esconde em cada novo quadro que é posto à luz do Sol e até mesmo, através de sofisticados recursos iluminativos, durante as noites mais tenebrosas.



É de se ver com que euforia os espíritos maus se congratulam a cada novo atrevimento nesse campo. São eles, muitas vezes, os responsáveis diretos pelos descalabros. Por isso, a nossa advertência endereçada aos que se responsabilizam pela confecção técnica desses instrumentos da comunicação social voltada para o incentivo do consumo dos produtos da organização industrial dos homens.



Que cuidem de se armar de couraça evangélica antes de se submeterem à vontade dos seres que buscam concretizar o mal para expô-lo à luz. Que antevejam o que poderão causar de ruinoso no espírito dos que não têm o suficiente discernimento para perceber onde está residindo a malignidade. Que possam resistir e investir contra, produzindo equipamento para obstruir a passagem das noções deletérias. Não fiquem tão-só argumentando que se trata do seu ganha-pão. Mercenários existem que se filiam a exércitos para extermínio de pessoas. Cada profissão tem o seu ponto fraco mas também tem seus méritos. Saibam ultrapassar os desejos de ganhos fáceis e elaborem “textos” visuais que condigam com o veículo de propaganda de que estão lançando mão, para não terem do que possam arrepender-se. Voltem-se para atitudes mais salutares, pois o que vemos atualmente é deveras constrangedor.



Para não nos tornarmos repetitivos, vamos suspender o nosso escrito, crentes de que expusemos o nosso pensamento e o nosso sentimento. Pensamos ter elucidado o nosso ponto de vista, mas se, por acaso, ficar dúvida quanto às nossas verdadeiras intenções e quanto ao nosso fundamento argumentativo, que se busque, na História da Humanidade, lapso de tempo em que tão poucos tenham tido tanto poder de influenciação e que se medite a respeito do grau de responsabilidade de cada setor social envolvido. Verificar-se-á que, nos dias de hoje, existe concentração altíssima de responsabilidade, sem os entraves que, de tempos em tempos, a sociedade antepunha a quantos se atrevessem a ofendê-la.



São esses aspectos da falta de anteparo moral que estamos levantando. As religiões perderam o seu poder de limitação dos atrevimentos e não se coloca freio algum para quantos queiram desembocar o rio de lama de sua imaginação por sobre a população indefesa. Que os mais inteligentes e sábios busquem auxiliar os mais fracos e sugestionáveis e teremos o início da resistência à degringolada moral que se avizinha, abrindo as portas para que a maldade predomine de vez no âmbito da sociedade humana, junto a esta civilização calcada e decalcada nos valores puramente materiais.



Embora tenhamos advertido insistentemente, sabemos que nossa mensagem pouca repercussão terá, uma vez que é muito pequeno o nível de influenciação do veículo que estamos empregando para a sua divulgação, pois a palavra escrita cedeu de vez o seu lugar para a luxuriante linguagem visual. Ainda assim, incansavelmente, iremos tentar influenciar diretamente no espírito de cada um, pois legiões de espíritos se preparam para este tipo de trabalho, para tentarmos salvar a humanidade.



Como estamos avançando o sinal, sentimos que nos impelem a sustar o discurso, que se caracterizou por preocupação muito grande pelos desacertos de nossos próximos, mas que nunca suspeitará de que Deus não estará auxiliando a todos os que se dispuserem a seguir os ensinamentos de Jesus, cumprindo integralmente as leis da justiça, do amor, do trabalho e da caridade.



Vamos orar pela intervenção divina nos espíritos dos que têm o encargo de produzir os textos de propaganda, para que, definitivamente, possam abolir o sistema que é tão prejudicial para todos.







Graças a Deus, tivemos a oportunidade de discorrer livremente a respeito do tema que tínhamos preparado. Sabemos que estivemos a pique de saturar o aparato do magnetismo que utilizamos para a imantação. Por isso, pedimos-lhe que nos compreenda e perdoe. Vamos concentrar-nos na crítica judiciosa de nossos orientadores.









COMENTÁRIO — HOMERO



Escondeu o nosso irmão Ovídio a sua condição de ex-integrante de seita religiosa tendenciosa ao proselitismo de caráter meramente formal. Não vamos revelar qual seja para não ferir a susceptibilidade de quantos, com integridade, tentam levar avante o seu ministério de amor. Julgamos importante revelar o fato, para que bem se compreenda a investida que o irmão fez contra os abusos que se notam nas propagandas, não só dos cartazes como as veiculadas por todos os meios de contato dos possíveis consumidores.



Sabemos, por experiência própria, que carradas de razão tem o amiguinho quando invectiva contra as subjacentes intenções de deterioração moral que os espíritos das trevas impregnam nos cartazes aludidos. É fato notório o quanto de malícia e de falsidade se inserem nos motivos que ilustram as propagandas. Mas o sentimento que nos deve envolver para a pregação de moralização conveniente neste setor não será o da revolta e da incompreensão. Antes e acima de tudo, devemos, como nos fez crer o irmão Ovídio ao final de seu extremamente longo texto, confiar em que Deus vela e ter fé em que, aos poucos, lentamente, conseguiremos imprimir, no coração e na mente das criaturas, o devido respeito pelos semelhantes, fazendo com que venham a direcionar o seu apelo, obrando segundo os conhecimentos hauridos do evangelho de Jesus.



Se pudéssemos concretizar o comentário, pintaríamos quadro em que se veria criança aos pés de seu mestre, ouvindo atentamente as explicações a respeito de mecanismo qualquer que estivesse às mãos do orientador. Essa seria a nossa contribuição, para que Ovídio pudesse sentir-se bem diante do trabalho que, como o mestre da figura, nos trouxe a todos nós, criaturas em evolução.



Muito obrigado, irmãozinho, por ter contribuído com suas luzes para o nosso trabalho. Saiba que, se pudermos, iremos divulgar a leitura de seu texto, pois temos extenso trabalho de psicografia, ressaltando-se algumas mensagens dignas do conhecimento público. Quando chegar a nossa vez de proclamarmos o resultado de nossos estudos e de nossa experiência doutrinal, fique certo de que incluiremos extrato do problema que mais o aflige e das soluções propostas.



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