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Cronicas-->Endividamento progressivo -- 20/04/2008 - 12:42 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Endividamento progressivo

Preocupa muito o sinal claro que deu a economia brasileira em março de 2008, no tocante ao tamanho ínfimo do superávit da balança comercial. Era de esperar-se esse resultado de quem compra mais do que o que ganha. É sério, preocupante, mas corrigível. O país tem pressa em crescer mas não desembestadamente como o dragão asiático.
O real fortalecido, a oferta de emprego em alta, a população tendo às mãos um poder fantástico de compras parceladas e nas prateleiras um excesso de oferta de produtos básicos e de luxo. É esse o quadro que os olhos de nossos consumidores contemplam.
Se nossas autoridades não tomarem as medidas necessárias, nós veremos a curto prazo a diluição de nossas reservas no tesouro nacional. Há coisas que podem ser sobretaxadas como as viagens turísticas ao exterior, a importação de bens de luxo e o que é absolutamente supérfluo. O que se economiza com esses gastos dispensáveis se poria numa conta/poupança pública para fortalecer o pagamento dos salários dos nossos aposentados.
Há no Brasil, sem qualquer sombra de dúvida, um surto de consumo que, se não for atacado a tempo, virará uma tesoura nefasta para nossa emergente economia. Nossas reservas financeiras não segurarão as pontas desse consumo por muito tempo. Crise é crise, e o melhor remédio é a prevenção.
É impressionante como é grande a facilidade que tem um trabalhador da classe média baixa de comprar um carro zero. Pode-se dividir a compra em até mais de 48 meses. Quem não se arrisca? Nossas metrópoles, a exemplo de São Paulo, estão aí tendo violentos problemas com seus trànsitos automobilísticos. Comprar é bom e salutar, quando feito sem compulsão e de uma forma planejada. Os excessos geram transtornos muito desagradáveis. A moderação é racional e bem-vinda.
Não podemos chegar a ver nossa dispensa vazia, quando na mesa há uma linda toalha de linho importado do Egito, a porcelana chinesa e os cristais alemães; na garagem, um carro zero, mesmo que popular. A classe média brasileira precisa ser orientada no sentido de que consumir demais traz prejuízos a todos: governo e sociedade como um todo. Numa economia emergente não pode haver gastos em demasia, principalmente quando está se tratando de objetos supérfluos.
A folia das compras esta à baila. As autoridades monetárias se mexem com vagar. O executivo enche os olhos com a alegria do povo a comprar e arvora-se de ser o único responsável pela farra. E se é para se continuar assim, é pagar para ver ruir tudo.
2008 pinta-nos ser um ano difícil e trabalhoso para a nossa economia. Profetas do apocalipse há muitos. Porém é mais do que necessário fazer-se correções nos rumos dessa economia, ah, isso é mesmo! Remédios mil são até anunciados. A verdade é que o doente dá seus primeiros gemidos. Vacinar a economia contra esses maus hábitos parece já ser tarde. É preciso sarar essa doença consumista agora e preparar-se para os próximos meses. Ousemos fazer algo de preventivo e com isso frenarmos esses exageros que apenas principiam ou veremos a economia desandar, preocupando não só o país mas também o mundo todo. Para onde o país pender, com ele penderá o resto do continente sul-americano.
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