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Artigos-->A Ação Transformadora -- 26/03/2003 - 09:52 (Hideraldo Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há um equívoco imenso naqueles que anseiam por mudanças imediatas: procuram o caminho da destruição para supostamente construírem uma realidade diferente daquela em que vivem.

No entanto, a qualidade da ação determina a reação. Nas ações existem qualidades positivas e negativas e é óbvio que estas qualidades é que vão determinar a qualidade da reação.

O agente da mudança nunca deve esquecer que existem processos e etapas para uma meta ser alcançada. Se algo está num nível abaixo não significa que não seja importante para o processo e que deva ser destruído. O fato de algo ser idealmente menor não o qualifica como desnecessário ou inútil, ou pior, um impecilho à realização de um ideal superior. Por exemplo, o degrau inferior de uma escada não é menos importante, no processo de ascensão, que os degraus superiores dela.

Enfim, o processo de transformação dar-se de forma gradual, harmoniosamente. Entretanto, equivocadamente muitos apelam para o conflito, para o confronto, para a destruição, para a desagregação e, assim, só colhem reações adversas, negativas. Tudo que pensam, falam e fazem têm como resultado uma grande ineficácia, um grande nada (ou, na verdade, um grande continuismo). Em virtude disto, não conseguem perceber a origem de tanto dano, de tantas coisas negativas em suas vidas e, assim, vivem buscando um culpado para os seus desacertos. Vivem criticando tudo e reclamando de tudo.

Pragmaticamente esquecemos de agradecer por tudo o que temos, pois, esta atitude, no mínimo, nos coloca numa condição mental positiva e uma condição mental positiva é determinante para o sucesso de qualquer ação que causamos.

Há também os que supersticiosamente atribuem os resultados negativos de suas ações as influências maléficas sobrenaturais. A culpa de tanta coisas negativas em suas vidas foi o olho grande, a inveja, um encosto, o diabo, etc, e nunca a seus próprios pensamentos e ações.

É evidente que nem tudo o que nos acontecem na vida se deve(u) a lei de causa e efeito gerada unicamente por nós. Estamos também sujeitos as ações alheias, porém, não podemos construir alguma coisa destruindo. Do negativo (a destruição) só pode ser gerado o negativo. O que desejamos é construído (é gerado) através dos meios que temos no momento.

Infelizmente, as pessoas, de uma forma geral, reclamam demais. Pensam, com isso, que estão sendo espertas e superconscientes. O fato é que não existe algo mais negativo e pernicioso do que a política nas relações humanas (familiares, sociais, sentimentais, etc). A política, neste nível, só gera destruição, posicionamento negativo e desmotivação. Para se destruir qualquer grupo (desagregá-lo) basta se gerar a política em seu seio.

O efeito nefasto da política num grupo é devastador, porém, sua ação é sutil demais para detectarmos a sua existência de imediato. O seu agente cria aquilo que podemos chamar de “efeito dominó”. Sutilmente soltam um comentário maldoso aqui, dão uma alfinetada ali. Precisamos estar muito atentos para não nos deixarmos levar por uma crítica mordaz, inoculada em nossos ouvidos.

O agente político precisa espalhar o seu vírus, pois, só terá poder se todos se engajarem em sua proposta mordaz (destruir aquele que identifica como o culpado pelos desacertos em sua vida). Não percebe que o erro está consigo mesmo, em sua atitude mental negativa, geradora de conflito e desarmonia, causando-lhe as reações mais desastrosas possíveis.

Seja como for, o agente político precisa “fazer cabeças”, precisa “conscientizar” os outros do seu ponto de vista, precisa arregimentá-los para o seu partido, para o seu lado. A melhor forma de enfraquecer um grupo é dividi-lo.

Como combatemos uma atitude negativa? Bom, a primeira coisa que devemos evitar é o confronto, pois, aí estaremos, inevitavelmente, entrando no jogo. Ou seja, no confronto estaremos também fazendo política. A melhor forma para neutralizarmos a crítica negativa é neutralizarmos a sua arma (ou não darmos ouvidos a ela): a palavra maliciosa.

Como diz o ditado popular: “Quem muito fala, muito erra”. Precisamos aprender a escutar para, assim, evitarmos “engravidar” pelos ouvidos. Estar sempre atentos, vigilantes e não sermos usados por aqueles que pretende nos induzir a pensamentos negativos também é fundamental para evitarmos que o mal se propague.

Sabemos também que só podemos combater o mal com o bem, o negativo com o positivo,a destruição com a construção. Ou seja, basta sermos sempre positivos, sempre bons, sempre justos, sempre produtivos, sempre harmônicos e, assim, estaremos sendo agentes efetivos de transformações positivas, para o nosso próprio bem e o bem geral.

Não se trata, aqui, de construirmos uma filosofia conformista, ao contrário. O que estamos indicando é uma via para transformações eficazes, práticas, definitivas, pois, estarão assentadas sob o equilíbrio e a estabilidade da harmonia.

Enfim, não precisamos combater e destruir pessoas para vencermos na vida, ao contrário. Vencemos na vida ao aprendermos a vencer a nós mesmos. Na vida só há uma vitória, a espiritual, pois, ela é a única vitória permanente. Vencemos na vida ao aprendermos a eliminar o conflito (a política) em nós. Só nos tornaremos inteiros quando não estivermos divididos. E, só nos tornaremos inteiros através da harmonia interior. Afinal, como podemos construir a paz se estamos em permanente conflito? Nunca é demais lembrarmos que a paz começa dentro de nós mesmos.

Está mais do que comprovado de que as coisas se transformam efetivamente através do processo evolutivo, gradual. Está mais do que comprovado que o processo revolucionário, abrupto, não conduz a transformações efetivas, permanentes.

O que podemos fazer para contribuir para as transformações do grupo ao qual fazemos parte? Sermos o melhores possíveis. E, sermos os melhores possíveis é sermos respeitosos, tolerantes e, acima de tudo, bondosos. Ou seja, antes de tudo, precisamos nos transformar.

Todos nós temos o sonho de vivermos numa nossa sociedade de paz, de harmonia, de liberdade e justiça. Para tanto, a nossa contribuição para a realização destes objetivos coletivos passam por nossa própria conduta de paz, de harmonia, de liberdade e de justiça. Antes de tudo, portanto, precisamos ser pacíficos, livres, justos e, principalmente, positivos em todos os sentidos e em todos os níveis e, para sermos positivos, precisamos pensar positivo, pois, é aí (no pensamento) que palavra e ação (as causas) são verdadeiramente geradas.





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