Em pleno domingo, dia ensolarado e o time do Calafate, Bairro da minha Passa Tempo, estava disputando um campeonato e na oportunidade jogando com o time da Aguadinha, quando um pequeno aeroplano começou a sobrevoar a localidade. Fazia vôos rasantes e os seus ocupantes acenavam com seus lenços, de sorte que os expectadores da partida de futebol chegaram a sugerir que eles estavam saudando os passatempenses. Em verdade, o piloto estava era pedindo a liberação da pista para fazer um pouso forçado e ninguém não entendia os seus apelos. Depois de tantas súplicas sem atendimento, o combustível do avião acabou e ele caiu nas proximidades do campo de futebol, no meio de umas plantações de banana. No entanto, o aparelho foi dominado e a queda não gerou maiores conseqüências, ou seja, os estragos foram poucos, considerando-se o impacto causado pela falta de combustível. Como naquela região não existia aeroporto, o avião se tornou um sucesso e até mesmo acabou com a partida de futebol. Todos se aproximaram para ver o “ bicho” de perto.
A solução encontrada pelos ocupantes da aeronave foi alugar um caminhão para levar o aparelho até Belo Horizonte, onde seria consertado, reabastecido e poderia retornar a São Paulo. Os comentários começaram a aparecer e como o avião era uma coisa rara, -podendo ser comparado ao suor de preguiçosos-, alguém inventou que ele era um objeto tão raro que se tirasse um pedacinho do seu revestimento poderia fazer chá que curaria qualquer doença. Ora, depois que os ocupantes do aparelho foram embora, cada um tirou um pedacinho do pano encerado que revestia o avião, de sorte que no outro dia, quando o caminhão veio pegá-lo para levar embora, só restava a sua armação. A lona plastificada que o revestia desapareceu da noite para o dia. E sabem quem era o passageiro do avião ? Nada menos do que o Dr. ADEMAR DE BARROS FILHO, filho do ex-Governador de São Paulo e político de expressão nacional ADEMAR DE BARROS.