Trovões bombardeiam o espaço expulsando os pássaros para distante,
enquanto a água em jato cai sobre a terra, molhando toda região. Isso
é raro aqui em Brasília, contrário do que vem acontecendo no Nordeste
brasileiro, onde as chuvas estão sendo frequentes. O meu programa de
hoje foi alterado ( até diria) para noite, isso se a chuva partir. O micro
à minha frente é um convite a poetizar, mas a inspiração desapareceu
à primeira trovoada. Se foi o susto, isso não posso afirmar, mas de uma
coisa estou certo: Foi-se a vontade!... Ao meu lado o ventilador circula
lentamente. O som de suas rotações é quase inaudível, mas o vento
comprova o seu funcionamento. À distància ouço um instrumento
musical, que executa um tango. Sinto-me até em Buenos Aires à frente
de uma garrafa de vinho tendo bem próximo uma picanha que exala
um cheiro atrativo, mexendo com o meu paladar.Mas isso é passado,
embora recente, que me traz recordações. Aqui, agora, não sei o que
fazer. Se você estivesse presente algo seria feito sob as gotas d águas
que serpenteiam os vidros das janelas querendo penetrá-los sem
conseguir lograr tal intento. Mas não persiste tristeza e não reina
alegria: Tudo é um vazio!... E não sei o que fazer....Ontem foi muito
melhor: não choveu e o ar estava arrefecido incentivando passeio.
Não o frustrei, partindo pra outras áreas desconhecidas. Gostei
Imensamente do Pier 21, onde saboreei frangos a passarinhos com
copázios de chops cheios, sem colarinhos. Lá fui reconhecido por
dezenas de pessoas, que me prestigiaram com suas presenças e
até com o pagamento de minha conta. Vou repetir a dose.