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Artigos-->154. INCONSISTÊNCIA MENTAL — NÃO IDENTIFICADO -- 23/03/2003 - 06:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estamos a seu lado, irmão. Não nos falhe, portanto. Fique atento para apanhar os ditados e não seja dispersivo. Vá bem fundo em suas idéias de evangelização, mas não ceda aos desvios provocados por entidades desejosas de vê-lo sucumbir. Não se esmere em conceitos muito arrevesados e não se furte ao trabalho, sob o impacto emocional do cansaço aleatório adveniente de perlustrações dolorosas, em busca de concretizar ideais religiosos remotos, noctívagos e serenos, e não tenha compromisso senão com as entidades que queiram fazer o bem. Se o mal pairar na distância, você não deverá preocupar-se em ter o espírito atento. Não vá...







Só um pouco de malícia não basta para me convencer a pautar as minhas atitudes segundo normas sociais sacramentadas. Vou usar do meu linguajar desbocado, mesmo à revelia. Não me venham colocar “mordaças”, pois sei bem onde estou e o que estou fazendo. Vou me retirar quando bem quiser. Vai ficar estabelecido que não vou me afastar segundo a vontade de quem está lentamente interpretando os meus pensamentos.



Quero deixar claro uma coisa: não sou eu quem estou comandando o braço do escrevente. Eu sei que ele está sob o influxo de minha mente mas está escrevendo aleatoriamente à minha vontade. Eu sei que está traduzindo o que eu estou pensando, mas não quero pensar naquilo que fiz enquanto estive encarnado.



Sei que é difícil de esconder que matei, que roubei, para quem sabe ler tão bem o que vai pelo meu pensamento. Não quero sustar algo que comecei e não quero deixar de fazer o que sempre fiz à revelia. Não tenho nenhum arrependimento. Bem lá no fundo, acho que tenho alguma pena por ter-me portado tão mal com as pessoas.



Agora mesmo, estou vendo que não estão fazendo nada de mau comigo e não tenho coragem de afrontar ninguém. Não sei por que estou tão perturbado, se só o bem querem de mim. Não vejo nenhum lucro em permanecer ofendendo as pessoas. Será que poderei me refazer de tantas dores que causei? Deus se apiedará de mim? Será que seu coração é tão generoso que se voltará um pouquinho só que seja para mim?



Não me venham com promessas infundadas. Eu mesmo já enganei muita gente prometendo em vão. Não me queiram abandonar depois que obtiverem de mim tudo o que desejarem. Eu não gostei de ficar vagando ao léu, pois já perdi muito tempo sem saber onde estava. Não sei o que fazer agora. Vejo que estou enleado. Não sei que possa dizer mais...









COMENTÁRIO — HOMERO (ALUNO)



O irmãozinho deixou-se levar sem oferecer resistência. Trata-se de caso interessante de inconsistência mental originada por perturbações de caráter temporário. Durante alguns instantes, o espírito se deixa penetrar por idéias alienígenas, de sorte que passa a agir segundo princípios estranhos ao seu habitual, mas, de repente, ressurge a sua força de vontade e passa a pautar o procedimento de modo rígido, governado por consciência inflexível. Essa dualidade de personalidade estava causando drama muito forte e seus protetores temiam que fosse definitivamente envolvido pelas forças do mal, que, fatalmente, assumiriam total ascendência sobre ele, tornando-o espécie de “zumbi”, de “morto vivo”, como muitos que perambulam sem destino pelas plagas mais escusas do Umbral.



Não vimos outra solução senão trazê-lo à doutrinação, mesmo correndo o risco de apanhá-lo em um de seus momentos de fraqueza. Será devidamente encaminhado para recuperação, quando teremos oportunidade de avaliar os seus desvios de personalidade, para imprimir-lhe o tratamento mais adequado.



Por ora, era o que tínhamos para informar e não correríamos o risco de não fazê-lo dada a estranheza da comunicação, que começou de uma forma para depois desencadear série de comentários anômalos, inconseqüentes e até incompatíveis com os reais sentimentos que perpassavam pelo coração do sofredor. Como ele mesmo percebeu, de nada adiantaria querer “embromar” o médium (expressão própria dele), com longo bestialógico. Por isso, moderou o pensamento e começou a redigir com nexo. Foi nesse momento que pudemos imantá-lo para conseguir que nos ouvisse, estabelecendo diálogo que frutificasse, no sentido que se viu.



Infelizmente, a nossa única perspectiva foi reproduzir a “fala” da entidade sob amparo, ficando subjacente em suas expressões as idéias que íamos sugerindo ao seu alvitre. Assim, todo o sistema de perguntas e respostas, de apreciações e de incentivos, fica muito prejudicado, podendo ser útil unicamente a iniciados nas lides do amparo mediúnico. De qualquer sorte, pensamos ter cometido mais um atrevimento perdoável, pois como resultado obtivemos mais uma internação. Se a cada dia pudermos “salvar” das garras da maldade mais um “pecador”, ficaremos satisfeitos por cumprir nossas tarefas no campo do socorrismo.



Vamos imprimir à mente do médium vigorosa vibração de amor, para que possa restabelecer-se, para encerrar as atividades, que foram muito proveitosas, mesmo quando lhe pedimos para que repousasse um pouco. Os frutos desse transporte você poderá mais tarde ir colhendo, à medida que forem intensificando-se os nossos contactos no plano de nossa realidade. Fique com Deus, irmãozinho, e ore contrito pelo restabelecimento da saúde mental do amigo atendido.



Graças a Deus!



Homero, o aprendiz, sob o amparo de todo o grupo, que quis dar-me mais uma oportunidade de mediunização. Grato, pois, estou a todos e mui especialmente ao médium. Orem por mim!



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