Clarindo Silva, um Rei Momo magro! E a Bahia desaprendeu, foi? A tradição sempre presenteou os gordos com esse título. Os baianos mudaram a regra básica dos carnavais. Por quê? E a justiça necessitou apartar e decidir as disputas entre gordos e magros frente ao concurso para Rei Momo neste carnaval de 2008, naquele Estado.
Neste carnaval, houve discórdia também entre o governo Federal - seu Ministro da Saúde, o Temporão - e a Igreja Católica aqui representada por seu Arcebispo de Recife e Olinda.
É que o Arcebispo de Recife e Olinda foi ao Ministério Público oficializar uma queixa ao governo contra o uso da pílula do dia seguinte, oficialmente recomendada ao folião pernambucano e do resto do país. A Igreja Católica saiu contra essa permissão oficial, alegando ser ela um afronto aos bons costumes cristãos. Favorece, segundo a Igreja, ao sexo vulgar em qualidade e quantidade, além de incentivar o comportamento anárquico e anticristão dos fiéis.
Há os que saíram contra a Igreja, vendo na atitude do Arcebispo uma defesa totalitária, incluindo nela a fala daquela instituição aos incrédulos e aos crédulos que não pertencem ao seu rebanho oficial. O religioso estaria falando em nome dos partidários de outras igrejas que não a sua e também dos que não possuem igrejas.
Acho que é esticar demais os limites dos limites. O Arcebispo estava querendo disciplinar os bons e tradicionais costumes cristãos. Chegamos à difícil "era" em que é quase impraticável ser-se cristão sem incomodar os foliões alegres, não deste carnaval apenas, mas de outros tantos e diferentes.
Carnaval já diz: a "carne" "vai". E aonde a carne vai com os sentimentos, dificilmente respeita-se o que preceitua o cristianismo.
A vida moderna atende a valores estranhos. A fúria é desenhada por trás do dinheiro, da ambição, da ganància. Há fartura de improbidades, riscos desnecessários e vida à -toa. A própria convivência humana é um carnaval desmascarado que caminha a um limite tamanho que não nos é permitido saber até onde ele vai.
O efeito estufa na própria alma humana é tão perverso que não permite ao homem tecer deslimites novos porque ele é o seu próprio deslimite.
O mundo superpovoado e poluído como nunca carece reduzir a sua população à metade do número atual. Como fazê-lo? A natalidade deveria ser um problema mundial de saúde pública. A África e a América do Sul deveriam ser incluídas em um programa sério e financiado pela ONU e pelo Banco Mundial para, a todo custo, fomentar o despovoamento parcial do planeta.
Uma mulher pobre que pare dez filhos não será um problema para ela mesma apenas, mas para o mundo como um todo. E veja dentro disso os subproblemas do desemprego, educação, segurança social, etc. Além do mais não devemos esquecer que a fertilidade é maior onde a pobreza é mais real. Fertiliza-se mais no suboferecimento social dos governos que não têm podido dar aos seus governados o que eles realmente necessitam.
Precisamos reolhar o que já construímos até hoje. O crescimento populacional deve ser monitorado no dia-a-dia, numa grande estatística globalizada que, ao invés de permitir aos governos o crescimento de suas populações, os incentivem a diminuí-las drasticamente.