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Cartas-->Resposta do colunista do jornal O Dia -- 05/11/2001 - 21:06 (Felipe Cerquize) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esta coluna tem apenas um mês de existência e ainda não está na hora de publicar um “erramos” como aquele da Folha de São Paulo, o inesquecível “diferentemente do que publicamos ontem, Jesus Cristo não morreu enforcado, mas crucificado”. Mas estamos chegando lá. O leitor Felipe Cerquize, embora diga estar “gostando muito do palavreado da coluna”, esclarece que, diferentemente do que saiu aqui, domingo nenhum tem pé de cachimbo. Domingo – vê se aprende, colunista ingnorante – domingo, por ser dia de descanso, pede cachimbo. Valeu, Cerquize. Domingo com pé de cachimbo, no máximo, pode sair no Ataque, e, mesmo assim, quando o Odvan estiver escalado.

Não estaria em novela errada o buço descomunal da Cristiana Oliveira? Por mais oxigenado que esteja, parece destoante ao sol baiano de Porto dos Milagres. Ficaria mais justo, pelo menos é assim que elas sempre aparecem nas piadas do Casseta e Planeta, nas raparigas portuguesas de Os Maias. A propósito, desde que saíram do ar os tremoços arfantes que Simone Spoladore trazia embaixo do decote, o ibope da minissérie moximbou.

Não é só nos quiosques da Lagoa que há música demais atrapalhando quem foi ali ouvir o samba de uma nota só do sapo martelo. O ônibus 497/Penha-Cosme Velho, que transporta o colunista desde o sopé do Cerro Corá à aprazível Lapa, também tem música. Pode parecer uma boa notícia. Tem televisão também. Mas é simplesmente o inferno. Música, como a brincadeira da expressão popular, tem hora. O controle do rádio é entregue ao motorista e, como se sabe, eles andam cada vez mais evangélicos n’alma e trogloditas na direção. Alguns são surdos também, e os louvos ao Senhor vão lá em cima nos decibéis. O soul-gospel influenciou a música americana. Ao bregospel carioca, os passageiros do 497 preferem as labaredas do inferno. Atirem o pianista do quiosque na Lagoa, mas não se esqueçam do motorista do Penha-Cosme Velho.

Diferentemente do que foi publicado nesta coluna Spam não quer dizer delete na linguagem informática. Quem me avisa são os da legião Collor, que ainda os hão, os hão e aos montes. A palavra veio num email que teria sido despachado do escritório do próprio. Errei sim, manchei o meu nome. Fui brincar com aquele que disse ”duela a quem duela”, e tive que ouvir coisa pior. Myrian Brito de Gouvea comparou o colunista (que ato falho, Myrian!!) a Goebels, o ministro da propaganda de Hitler. Vicente Limongi Netto, de Brasília, classificou a nota como belo exemplo de sabujice dos eternos patrulheiros ressentidos da imprensa. Spam, colunista ingnorante, quer dizer lixo. Um dispositivo anti-spam me livraria a caixa postal de tudo isso.

Neste fim de semana está indo às ruas o Monobloco, do Pedro Luís, e, no próximo, o Simpatia É Quase Amor, do Marco Aurélio Marcondes. Aquecem-se os tamborins. Embora tenha sido convidado para todos os eventos, por sua exuberante animação carnavalesca, o colunista agradece, mas está comprometido. Vai sair este ano num bloco que encena, pelas ruas de Irajá, a derrota do diabo. A coisa tem alguma semelhança com as procissões católicas do Brasil colonial, mas agora o bloco é puxado – até aqui é tudo verdade – pelos pentecostais. Não dá para perder – e agora já é uma sugestão para o desfile – a Monique Evans, crente da hora, fantasiada de Madame Satã na frente da bateria e cantando aquele velho Lamartine que dizia: “Pra minha fantasia de diabo/ só falta o rabo”.
Vendo o campeonato carioca e comparando com os de outrora, só uma coisa lembra que estamos assistindo ao futebol brasileiro. Os craques são poucos, os passes não são mais de trivela. Mas dá para ver que é o futebol tetracampeão do mundo que está em campo. Pela maneira como batem as faltas? Não. Pela camisa fora do calção? Não. É pelo xuipt, quase sempre quando o rosto está em close na tv. Como cospem os jogadores brasileiros!!!

Os donos do Hotel Serrador estão com saudade dos tempos em que o insaciável presidente João Goulart e os senadores do Monroe, logo em frente, corriam atrás das vedetes da boate Night and Day, no primeiro andar do prédio. Querem reabrir a casa, uma das pérolas cariocas do anos 50. Precisam apenas contar ao prefeito Cesar Maia. Do jeito que a Cinelândia está, entregue aos pivetes, prostitutos, mendigos, flanelinhas, camelôs e assaltantes, as vedetes vão reviver também a sina do bicho-homem nos calcanhares. Sabe-se que pelo menos Carla Morel, Fernanda Soto Maior, Mara Rúbia e Angelita Martinez não correram quando João Goulart se aproximou. As outras, aproveitando que ele era manco, deram no pé. As novas vedetes do Night and Day não terão tanta sorte. Além dos ladrões ágeis, os ratos que saem dos bueiros da Cinelândia são os maiores da cidade.

Se é mesmo verdade que o compadre Washington está namorando a Scheila Carvalho; se é mesmo definitiva aquela tatuagem, Made in Brazil, com que a topmodel Mariana Weickert manchou seu cóccix de ouro; se é mesmo possível, como está em todos os postes da cidade, que mãe Dineuza traga o amado de volta em três dias; se foi isso mesmo que eu vi outro dia cruzando pela sala, a televisão passando um comercial de cerveja com um incêndio no xuxa park da modelo - se é verdade tudo isso, a vaca não só tá louca, como solta e indo pro brejo. Só Gal, com seu cristal na garganta, nos salva e para sempre saravá. Odóia, rainha do mar!

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