Dar eu dou, mas...
A bicha serelepe passeia com o cachorrinho no calçadão de Copacabana.
Num indo e vindo de ansiedades e nervosa, ela espera alguém. Não para de olhar os relógios. Usa dois para desmunhecar com mais fulgor.
Um rapaz super sarado, vestido com uma minúscula sunga e sem relógio, pergunta se ela pode dar as horas. E ela prontamente, com os mostradores do relógio virado ao contrário, diz: São dez para as dez. O rapaz ri do gesto da bicha, que mostra com os dois braços esticados e as palmas das mãos para cima. Gesto clássico!
Ela pergunta você não quer mais nada?
Olhando para o cachorrinho ele pergunta: Você dá?
A bicha, dentro dos muitos aiis, responde: Claro que dou! Mas quem vai segurar o cachorrinho?
Fim.