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Cartas-->Além do arco-íris -- 27/07/2004 - 03:09 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Imagino a evolução da vida feito uma escala de cores, nascemos todos brancos e ao longo do tempo vamos ficando todos pretos, o branco é a síntese de todas as cores, o preto é a ausência de cores é a “não cor”.
As cores fazem parte da nossa vida porque são vibrações do cosmos que penetram em nosso pensamento, elas existem para dar um som e um colorido ao nosso viver e às coisas que nos rodeiam, enfim, para dar sabor à vida, ao ambiente. É uma dádiva que a natureza nos oferece durante nossa existência terrena.
Venho como um arco-íris, decompondo a luz, prisma nas lágrimas da chuva que as nuvens de algodão choraram iluminadas pela luz do astro-rei sol, palheta das cores de Deus.
As cores de nossa infância são as cores primárias, pintados de guache começamos a brincar de viver, desenhos rabiscados em folhas de papel, o azul do céu sem nuvens a sensação de movimento para o infinito, o amarelo dos raios do sol, do pote de ouro além do arco-íris, o vermelho do nosso sangue a escorrer nos primeiros machucados, do primeiro amor , da cereja no bolo.
E quando crescemos nossa vida é invadida de cores secundárias, o laranja das folhas das árvores caídas ao chão no outono, das mexericas que matam a fome, do pôr-do-sol no final das tardes vazias, das chamas das fogueiras nos acampamentos de nossa linda juventude , o verde dos nossos bosques chamados solidão, do mar imenso que parece querer nos engolir pelos olhos, da esperança a nos esperar nas esquinas da vida.
O roxo das violetas dos nossos jardins secretos, da noite vestindo-se de dia ao amanhecer quando renascemos direto do mundo dos sonhos, do sagrado mundo espiritual onde nossos olhos de ver não alcançam, dso mistérios que arrepiam nossos cabelos.
Com passar dos anos nossa vida fica tingida de cores terciárias e seus derivados, o marrom da terra pinta o nosso desejo de fincar raízes em algum lugar, de plantar novas sementes para depois germinarem e darem novos frutos, o lilás do vestido quando “ficamos” avôs ou avós, das orquídeas selvagens que nos transformamos, lapidados feitos as ametistas que adornam nossos passos, o cobre que cobre de ferrugem nossa superfície desgastada e ainda quase no fim viramos cinzas, como se estivéssemos já consumidos prontos para fertilizar o solo e fazer renascer de novo almas brancas...
O tempo nos pinta,tingi,colore e mancha, mas também nos desbota,desvanece e apaga.
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