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cronicas-->Resoluções -- 03/02/2001 - 12:26 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou atrasado. Ainda não preparei minha lista de resoluções de ano novo. Todos os anos eu preparo minha lista de resoluções com antecedência, de modo que antes mesmo da virada de ano ela já esteja pronta. Com isto, ganho algum tempo para decorá-la e convencer-me de que são necessárias, positivas, imprescindíveis. Se há algo muito ruim, ainda há tempo para substituir ou simplesmente eliminar, usando argumentos variados. Uma mudança antes da troca de ano não configura uma desistência, um fracasso. Trata-se apenas de uma mudança de planos, uma reavaliação, muito natural quando se está na fase de planejamento.

Mas este ano, com toda esta conversa de mudança de século, mudança de milênio, era de aquário, fiquei confuso e, confesso, com receio. Achei melhor deixar passar e "ver se pega", para depois pensar nas minhas resoluções.

De qualquer forma, está cada vez mais difícil preparar a lista. Antigamente era muito mais fácil. Eu prometia deixar de fumar em julho e já iniciava a lista com algo de peso, algo nunca realmente feito antes. Teve um ano que eu prometi deixar de fumar logo após o meu aniversário, em março. Foi ótimo. Seguia prometendo fazer uma dieta rigorosa após a Páscoa. Dietas são das melhores resoluções de fim de ano. São sempre necessárias e há uma variedade enorme, de modo que não fica repetitivo. Se no ano anterior tivesse feito a dieta da Lua, prometia-se fazer a do Sol, completando sempre com algo como "desta vez é pra valer". Pra encerrar, algo mais leve como não falar muito palavrão. Pronto, já se tinha uma lista de itens realmente necessários e importantes.

Nos anos mais difíceis sempre haviam as chamadas cláusulas económicas onde se prometia evitar o cheque-especial e não pagar juros aos cartões de crédito. Os prazos eram estabelecidos de modo a que ninguém pudesse reclamar de imediato. Tudo muito ponderado. Este ano, há ainda o agravante de que não se pode fazer promessas banais. Afinal, trata-se da virada do século, do milênio. Esta ocasião não se repetirá para o pessoal da minha idade. Há que dar valor à ocasião.

Considerando que deixei de fumar há alguns anos, já não bebo quase nada, não como açúcar e já fiz todas as dietas, não sobra muito. De qualquer forma, lá vai: caminhar todos os dias consertar o portão eletrónico, jamais me negar aos chamados pequenos consertos em casa, aplicar-me na hidroginástica, diminuir radicalmente os carboidratos, evitar costelas muito gordas. Eu sei que não é muito.

Talvez votar no Lula, mas isto seria só no ano que vem e ele deve estar prometendo não se candidatar.


Escrito em 08.01.2001
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