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Infanto_Juvenil-->A RAPOSA MALVADA -- 28/05/2005 - 23:18 (Elias Gonçalves Dias) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A RAPOSA MÁ

Era uma vez uma floresta muito boa. Os animais que moravam naquela floresta viviam num clima de harmonia, cooperação e companheirismo. Os animais de diferentes raças se respeitavam e quando surgia algum problema entre eles, procuravam a melhor maneira de resolvê-lo. Os animaizinhos daquela floresta seguiam o exemplo dos adultos. Eles não gostavam de discutir, ofender um ao outro e brigas, então, nem pensar. Porém, um animal agia diferente dos demais. Era a raposa má. Você quer saber o que ela fazia para ser conhecida como raposa má? Vou te contar algumas coisas que ela fez e você vai tirar suas conclusões.

Um dia uma paca que morava distante veio à floresta visitar sua parente. Logo na entrada da floresta ela encontrou a raposa má e perguntou onde morava sua prima. A raposa disse que sua ela morava numa outra floresta, que ficava 4 km distante dali. A paca foi para a outra floresta e descobriu que tinha sido enganada pela raposa má.

Agora deixe eu te contar o que ela aprontou com a família dos coelhos. A dona Coelha estava prenhe dos seus primeiros filhotes. O sr. Coelho, todo bobo, tinha todos os cuidados com a esposa. Ele dizia para todos que queria estar presente quando seus filhotes fosse nascer. Numa manhã em que o sr. Coelho estava trabalhando, a dona Coelha começou a sentir que estava na hora de ganhar os bebês. Procurou alguém que pudesse chamar seu marido e só encontrou a raposa má. Pediu a ela que lhe fizesse o favor de ir à lavoura chamar o seu marido, pois estava achando que os seus filhotes estavam para nascer. A raposa, com voz de educada, disse que iria com todo prazer. Saiu dali e foi direto para sua casa dormir. Ainda bem que a tartaruga passou na casa da Coelha e a ajudou a ter os seus 5 filhotinhos. Quando o Coelho chegou e ficou sabendo daquela história, procurou a raposa e lhe deu a maior bronca.

Você concorda que essa raposa era realmente malvada. Não!! Então veja outra maldade que ela fez. Os animaizinhos estavam brincando de pique-esconde perto da mina. Eram tartaruguinhas, onçinhas, cutiazinhas, coelhinhos, paquinhas, tamanduazinhos, etc. A raposa má, que não gostava de ver ninguém feliz, logo pensou numa maneira de acabar com aquela brincadeira. Ela veio caminhando sorrateiramente por traz dos arbustos e Bam!! Bam!! Bam!! Começou a imitar os tiros dos caçadores. Os animaizinhos saíram em disparadas para suas casas, morrendo de medo. A raposa má ficou rolando no chão de tanto rir do susto que dera nos bichinhos. Agora você concorda essa raposa era muito má.

Porém, um acontecimento vai mudar toda essa história. Esse fato aconteceu num dia de sol radiante e nuvens azuis em que os animaizinhos iam para a escola, cantando e dançando, de tão alegres que estavam. De repente elas ouviram gritos de socorro vindo do meio do mato. Se esconderam atrás das arvores e ficaram ouvindo atentamente. Foram devagar para ver o que estava acontecendo e adivinha o que eles viram? A raposa má, presa numa armadilha de caçadores. Ficaram assustados, pensaram em ir embora, mas resolveram se aproximar. A raposa, quando viu aqueles filhotinhos se aproximando começou a chorar e implorar para que a soltassem. Os animais estavam num dilema. Soltar aquela raposa que tanto mau já tinha feito a todos os animais da floresta e que era responsável por quase todas as mazelas que ali aconteciam ou deixar que ela fosse levada pelos caçadores, que com certeza a matariam e venderiam a sua bela pele para os fabricantes de roupas. A raposa, acuada dentro da jaula, começou a se lembrar de todas as malvadezas que tinha feito a todos os animais da floresta. Como num filme, ela se lembrava de cada maldade que tinha feito.
Aqueles animais tinham todos os motivos para deixar a raposa má presa naquela jaula, entretanto, convencidos pelo filhote de jabuti, decidiram fazer uma votação. Nessa votação não ia ter campanha. Eles iriam votar de acordo com suas consciências.
Os animais improvisaram uma urna com a folha de uma árvore, onde os animais iriam depositar os seus votos. O jabuti pediu que cada um apanhasse uma folha verde e outra seca. Quem achava que a raposa deveria ser levada pelos caçadores deveria depositar a folha seca. Os que achassem que ela deveria ter uma nova oportunidade, usaria a folha verde.
Fez-se silencio absoluto e começou a votação. Um a um os animais foram depositando seus votos na urna. A raposa estava desesperada. Ela sabia que por tanta malvadeza que já tinha feitos naquela floresta, o resultado só podia ser um.
O último a votar foi o coelhinho menor, que trouxe a urna para a contagem dos votos. O primeiro voto foi verde. Os olhos da raposa brilharam de esperança. Ela pensou que se tivesse uma chance começaria uma nova vida, fazendo tudo diferente do que já tinha feito até aquele dia. A próxima folha era seca. E foi assim até chegar a oito a oito. O destino da raposa má estava naquele ultimo voto. Se fosse verde, ela teria a chance de recomeçar sua vida. Se fosse seco, se transformaria num casaco de pele.

O ultimo voto teve a cor da esperança; Os animais improvisam ferramentas e, mesmo desconfiados, abrem a jaula. A raposa, que misturava choro e riso, saiu abraçando os assustados animais e dizendo que a partir daquele dia eles conheceriam uma nova raposa. E foi exatamente isso que aconteceu.

E foi assim que o gesto de coragem e confiança daqueles pequenos animais transformou aquela raposa má no animal mais prestativo, alegre, carinhoso e brincalhão de toda a floresta. A partir daquele dia a raposa má ficou passou a ser conhecida como raposa bondosa.
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