Lula compra R$ 70 mil mensais em roupas no cartão, e oposição consulta STF sobre limites de gastos secretos
Edição de Segunda-feira do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com/
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Por Jorge Serrão
Nosso "Rei" dificilmente ficará nu (repetindo o que acontece na famosa fábula em que só um menino enxerga que o monarca está pelado). Afinal, nossa alteza real, o chefão da Nação, tem um cartão de crédito corporativo que lhe permite torrar uma média de R$ 70 mil por mês só comprando roupas novas. Eis um dos motivos pelos quais os partidos oposicionistas decidiram consultar o Supremo Tribunal Federal sobre os limites de investigação de uma comissão de inquérito em relação a dados sigilosos do Palácio do Planalto. Querem saber se a lei permite provar que o "rei está nu".
O poderoso Lula da Silva compra 10 ternos por mês, em uma das finas alfaiatarias de São Paulo. O elegante "uniforme oficial" de nossa majestade é vendido entre R$ 4.200 e R$ 6 mil a unidade. Cada terno comprado pelo atual Presidente da República, em seu cartão protegido legalmente pelo sigilo, vem com duas camisas de puro algodão que custam entre R$ 400 e R$ 600 reais por unidade. Cada sapato adquirido por ele custa R$ 1.200. Sem falar nas camisas especiais que ele manda importar do Panamá - cujo preço é o segredo dos segredos. As despesas do Chefão com suas roupinhas foram motivo de fofocas entre alguns senadores, neste fim de semana.
O pequeno desperdício de gastos com a indumentária presidencial é apenas a pontinha do iceberg dos R$ 158,2 milhões torrados secretamente nos cartões chapa-branca ou nos pequenos gastos praticamente imperceptíveis do governo federal, registrados em 2007, nas chamadas "contas B" (nas quais o servidor público tem total liberdade para sacar e pagar despesas com cheques, e depois presta contas a seu superior). Ou só uma pequena amostra dos R$ 78 milhões gastos ano passado nos cartões corporativos chapa-branca.
A falta de Transparência é total. Só não é pior que a falta de controle dos gastos. Oitenta e nove por cento de todas as despesas corriqueiras do governo em 2007 não tiveram qualquer publicidade e sofreram uma fiscalização frágil. Nas contas B só se explicam 11% do total gasto. O resto é desconhecido. Nos cartões, só há informações sobre 24,7% do total das despesas. O restante (R$ 58,7 milhões) se divide entre saques na boca do caixa e gastos protegidos por sigilo, feitos pela Presidência da República, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal.
O governo federal já gastou R$ 98,7 milhões, de 2004 a 2007, em despesas do tipo sigilosas. Tais gastos são considerados de interesse da segurança do Estado e não podem ter seu conteúdo divulgado. Em tese, tudo é controlado pela Secretaria de Administração da Presidência da República. Em 2007, o governo pagou cerca de R$ 35,7 milhões em despesas sigilosas, usando os serviços de 607 empresas. Em 2006, foram gastos, secretamente, R$ 25 milhões.