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Poesias-->Introspecção -- 28/06/2001 - 15:05 (Fernanda Guimarães) |
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Introspecção
Na quietude dos sons do mundo
Descubro-me entre os olhos do silêncio
Há uma mansuetude em minha solidão
Enquanto meus passos me seguem
Caminho entre minhas distâncias
Enleada pela valsa do meu pensar
O tempo mira-se dolente no espelho
E um vinco inibido, disfarça-se
Não existe desamparo, sequer desconsolo
Simplesmente mãos despidas em meus ombros
A falarem, ainda que, num pedaço de voz
De ventos desatados, espumas desmanchadas
Rabisco meus muros, incontidas palavras
E elas me contemplam confidentes
Como a acolher a pálida súplica
Que descansa no trilho dos meus dedos...
© Nandinha Guimarães
Em 27.06.01
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