Nos corredores,
perdi-me por paredes
inconsistentes.
Fechei-me em trancas,
recolhi as tranças
e chorei a fuga da inocência.
Não era mesmo o dia,
os pássaros negavam o canto
e meu príncipe,
que tinha fome de carne,
deixou-me definhar em solidão.
Atirei-me ao solo
do alto da Torre,
flutuando por palavras
em tons de carinho.
Caí em braços mágicos,
final da procura dos anjos,
estanque em meu silêncio,
até o último movimento:
xeque-mate!
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