A PRIMEIRA VEZ DO TONICO.
Maria Hilda de J. Alão.
Tonico era um moleque safado. Vivia espiando as meninas no vestiário feminino da escola depois que terminava a aula de educação física. Olhava por um buraco que fizera na parede pelo lado de fora. A mão dentro da calça não parava. A Lili sabia desse mau costume do Tonico e provocava tirando a calcinha bem em frente do buraco e imaginava os olhos arregalados e pinto duro do garoto. Sempre que tinha oportunidade ela se esfregava nele só para vê-lo ficar vermelho. O menino sonhava, imaginava ele e a Lili transando. Passava muito tempo no banheiro, fato que deixava sua mãe irritada a gritar: - Sai do banheiro, Tonico!
Quem estivesse com dor de barriga teria de correr para o banheiro dos fundos porque, no de dentro, estava o moleque comendo a Lili em pensamento e nas posições que ele viu numa revista de sexo pertencente a um dos seus irmãos. Ele ainda era virgem. Virgem aos quinze anos, isso o incomodava porque era motivo de gozação entre os seus amigos.
Gostava de escutar as conversas dos dois irmãos mais velhos com o ouvido colado na porta do quarto deles.
- Rapaz, aquela gata de ontem me deixou quebrado. Gostosa, insaciável. Fizemos de tudo, e terminamos a noitada com um sessenta e nove filho da puta.
Aí o Tonico não agüentou. Abriu a porta e entrou, para surpresa dos irmãos, perguntando afoito.
- O que é sessenta e nove? Eu quero saber.
E o Carlinhos botou o irmão curioso para fora do quarto.
- Sai moleque abelhudo, antes que te dê umas bofetadas na orelha! Queres saber pra quê? Ainda não tiraste as fraldas e queres saber coisas de homem! Vai te catar. Quem faria um sessenta e nove contigo? Nem a Chica Gorda, seu otário.
- Ah, é assim? Então eu vou contar pra mamãe onde tu escondes as revistas de putaria pra que ela não veja. Mãeeeeeeee...! – saiu gritando do quarto do irmão.
O Carlinhos tratou de mudar as revistas suecas, de sexo explícito, de lugar antes que a mãe as encontrasse.
A Chica Gorda era uma prostituta velha que morava na rua paralela à rua onde morava a família do Tonico. Todos os rapazes do bairro (hoje homens de importantes profissões) haviam iniciado suas vidas sexuais pela mão da Chica. Eles guardavam a mesada e, uma vez por mês, aquela turminha ia até a casa dela. A mulher sorria quando via a molecada chegando a sua porta e perguntando.
- Dona Chica, a senhora está desocupada?
- Sim, meninos. Antes eu quero ver a cor do dinheiro.
Eles, nervosos, tiravam dos bolsos das calças moedas e notas amarfanhadas e passavam tudo para as mãos da Chica Gorda. A farra era plena. A mulher passava o seu conhecimento de sacanagem com muita eficiência. Ao final da aula de sexo, todos saiam felizes espalhando pelo bairro inteiro como era o corpo da Chica e como ela trabalhava com a língua para erguer qualquer pintinho murcho.
Tonico tinha um amigo, o Pedro Paulo de 13 anos, também conhecido como “Pedpau”, uma associação dos seus dois nomes que dava margem a duas leituras. Ou ele tinha “pé-de-pau” ou então “pedia pau”. A turma da escola brincava com isso. Quando jogavam futebol o pobre do Pedro Paulo não podia errar o gol porque vinha a gritaria: “pé-de-pau filho da puta” e nas escaramuças, na hora da saída da escola, era:
- Pedpau está pedindo “pau”. Pau nele turma! Volta e meia ele chegava a sua casa todo sujo e com um olho roxo.
Tonico passava horas conversando com “Pedpau” falando do seu sonho de dar uma trepadinha, do sexo da Lili, que ele viu através do buraco, e de como ele gostaria de passar a mão naqueles pêlos loiros que circundavam o sexo dela.; de colocar o seu pinto bem no meio e empurrar devagar, para sentir a virgindade da menina.; de chupar os seios durinhos.; de virá-la de costas para comer a sua bunda, e depois ficar abraçadinho com ela tendo o pau preso entre as pernas bonitas da Lili.
O amigo estava espantado. Como o Tonico sabia tanto sobre o que fazem um homem e uma mulher quando estão juntos se ele nunca fez nada?
- Ora, seu bobo, eu sei por que os meus irmãos falam. – respondeu o Tonico.
- Mas tu não podes fazer essas coisas com a Lili, por que não procuras a Chica? – sugeriu o Pedpau.
- Eu tenho vergonha...
- Vergonha! por quê? Outro dia eu ouvi o meu tio dizendo que ele vai na Chica, e o meu tio já é velho. Argumentou o moleque.
- Tu vais comigo, Pedpau? – perguntou Tonico.
- Vou, claro, amigo é pra isso.
E foram para as suas casas com a promessa de se encontrarem no sábado, depois das três horas, para irem a casa da Chica Gorda.
Ao chegar em casa Tonico pegou o seu cofrinho, abriu e contou o dinheiro. Era pouco. Será que a Chica aceitaria aquela quantia para ensiná-lo a trepar? Ele queria aprender tudo, principalmente o tal de sessenta e nove. Chegou o sábado. O Tonico amanheceu inquieto. A todo o momento olhava o relógio. O tempo não passava. Finalmente chegou a hora. Ligou para o Pedpau e saiu, todo arrumado e perfumado com o perfume do irmão. Pedpau já estava na esquina esperando o amigo. Marcharam para a rua onde morava a Chica. Chegaram. Tonico bateu, esperou uns minutos. Será que a Chica está ocupada? Enquanto pensava, ouviu passos vindo de dentro da casa. A porta se abriu e surgiu a figura da Chica Gorda.
- Pois não! – disse ela com um sorriso maroto no rosto.
- Bem... eu quero... isto é... – gaguejava o Tonico que já estava deixando desesperado o Pedpau.
- É o seguinte – atalhou o Pedpau – ele quer aprender a trepar e veio pra a senhora ensinar.
- Tem dinheiro, meu filho? Perguntou a prostituta.
- Sim, senhora... – respondeu o Tonico.
E tirou do bolso a ínfima quantia que ele havia juntado a partir da mesada de cinco reais que recebia da avó aposentada. Tremendo ele pôs o dinheiro na mão da mulher. Ela contou. Franziu a testa e disse:
- Com esse dinheiro pouca coisa eu posso te ensinar. Que coisas queres aprender?
- Bem... eu queria aprender fazer tudo, especialmente um tal de sessenta e nove que o meu irmão diz que é muito gostoso.
- Por esse dinheiro eu só posso ensinar uma única coisa. – disse a mulher.
- O quê? – perguntou o Tonico.
- Bolinação com o pinto. – respondeu.
- Como é isso?
- Venha!
Ela levou o menino para o quarto. Tirou a roupa e mostrou toda a banha que acumulara com o passar dos anos. Tonico olhava aquilo e ficava imaginando porque o seu pau não subia do jeito que subia quando ele via a Lili nua pelo buraco da parede do vestiário da escola. A prostituta o chamou para a cama. Ele relutou. Finalmente tomou coragem e foi. A mulher começou a manusear o seu pau. Ele fechou os olhos e pensou na Lili. Aí o negócio subiu.
A Chica Gorda ensinou-o a passar a pica entre os seus peitos gordos prendendo-a como se fossem dois enormes pães com uma salsicha dentro, a descer pela barriga dela até alcançar pêlos, esfregá-la no centro da vagina para que ela ficasse molhadinha, colocar só a cabecinha sem empurrar tudo, a controlar a ansiedade, tirar e recomeçar tudo até sentir que vai gozar. E o Tonico, com os olhos fechados, fazia tudo direitinho até que sentiu que ia gozar. Neste momento não foi preciso dizer o que fazer. Ele empurrou o pênis para dentro da Chica, pensando na Lili, e gozou, (sentindo aquela sensação de quando o homem perde a virgindade), fogoso mordendo as tetas da gorda, imaginando ter rompido o cabaço da sua colega de escola.
A prostituta disse que o tempo havia terminado. Aquela era a primeira lição e que ele voltasse quando tivesse mais dinheiro. Mas ele não saía de cima dela. O pau continuava duro porque a imagem da Lili nua estava na sua cabeça. Ele abraçou a mulher, empurrando o pau com força para dentro dela. A Chica Gorda gostou porque ele estava dizendo palavras que ouvira nas conversas dos seus dois irmãos mais velhos. “gostosa, esta vagina quente é gostosa demais”, “deixa meu pau morar dentro dela”, “quero mamar nestes lindos peitos...”, “minha deusa...” – e continuava empurrando a pica. Ela resolveu colaborar, esquecendo por um momento o dinheiro. E foram tantas as trepadas que a cama da prostituta já estava molhada de tanto esperma escorrendo da sua vagina. Lá pelas sete horas da noite eles saíram do quarto. O Pedpau estava preocupado.
- Puxa, cara! Quanto tempo! A lição é tão difícil assim?
- Vamos embora que eu vou te contar tudo.
E partiram os dois. O Tonico, radiante, já planejava um modo de abordar a Lili. Agora ele conhecia uma mulher. O Pedpau, ouvindo a narrativa, já se sentia tentado a fazer uma excursão pela vagina da Chica Gorda.
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