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Teses_Monologos-->As Cores do Planeta -- 06/02/2004 - 18:42 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AS CORES DO MUNDO.
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


Pode até não parecer, mas o mundo é colorido. O mundo é cheio de cores, de todas as cores. E, neste sentido, até as cores possuem suas próprias cores. O azul claro, por exemplo, é uma variante do azul. Assim como o branco neve, o verde escuro, o amarelo ouro e tantas outras tonalidades. E o mundo, vale dizer, a terra, embora colorida, vista do céus, soubemos depois, é azul, segundo o astronauta que a viu da lua, pela primeira vez.

Para nós, entretanto, que nunca voamos mais alto do que o avião de rota doméstica, o mundo, visto daqui, tem muitas cores. E o Brasil é o melhor exemplo. A começar pelas florestas. As matas são verdes. Verdes de todos os verdes. Os mares, os temos azuis, como os da Bahia; e também os verdes, como os de Pernambuco. E tantos são os outros verdes e azuis dos rios e lagos de tantos outros estados da Federação.

Mas tem, ainda, o dia e a noite. O dia é claro e transparente. Mas claro seria uma cor ? Ou seria o brilho da cor? A noite, por seu turno, é escura. E o céu é azul, pela manhã; e totalmente escuro à noite; desde que não esteja estrelado. A lua possui tons amarelos e às vezes brancos; e outras vezes a lua é triste. Mas seria a tristeza uma cor? Uma das cores do coração? Como o sorriso, por exemplo, que tem brilho e várias cores?

As cores têm seus segredos e suas múltiplas aplicações. No processo de comunicação, por exemplo, quando dizemos que a coisa está preta é porque não está boa. Quando o tempo escurece, diz-se que o tempo é ruim. Como se tempo bom fosse, apenas, o tempo claro como o sol. Que, aliás, nem sempre é claro. Às vezes é amarelo. E branco, outras vezes.

Aliás, o tempo bom tem a cor azul. Quando se diz “tudo azul” é porque está tudo bem. Então o azul seria o antônimo do preto? Mas o conceito também muda. Quando associamos a cor preta ao petróleo, ao diamante negro, à noite estrelada, estamos dizendo que o preto, neste caso, é o mesmo que azul. Que está tudo bem. As cores, portanto, dependem do contexto e do estado de espírito de cada um.

Até as doenças têm suas cores. A febre amarela, por exemplo. O roxo dos lábios. O branco da anemia. O cinza ou preto que aparecem na radiografia do pulmão. E assim por diante. Tal como as guerras. Penso que só existem guerras em preto e branco. A cor da realidade nua e crua. Mas, ultimamente, as guerras têm apresentado mais uma cor: a cor vermelha, enquanto brutalidade, enquanto violência e derramamento de sangue.

E as cores têm a sua serventia em outras áreas. Nas áreas da saúde, do trabalho, do trânsito e tantas outras, como a cromoterapia, que usa todas as cores na cura de várias doenças. No trânsito, o verde, o amarelo e o vermelho que indicam, respectivamente, a hora de seguir, de ter atenção e de parar. Nas indústrias, o amarelo continua seu apelo por mais atenção; o vermelho reforça o amarelo, anunciando o perigo, que se deve redobrar a atenção, ou seja, um amarelo mais forte, igual ao que identifica aos locais de alta tensão ou alta radiação atômica.

A nossa televisão, por exemplo, já foi mais realista, mais cruel e sem graça, quando sua transmissão se dava em preto e branco. Estávamos no início do processo. Mas agora, depois que vieram as cores, o visual melhorou bastante, muito embora a programação continue em preto e branco. Perdeu o brilho, apesar das cores.

E por falar em preto e branco, as eleições bem que poderiam ser coloridas. Atualmente só temos o preto, representando o horário eleitoral gratuito, as pesquisas eleitorais e a falta de vergonha de alguns candidatos; e o branco, que é usado para o voto do mesmo nome.

Poderíamos implantar as cores no processo eleitoral. O vermelho iria para os candidatos com alto índice de rejeição e, portanto, sem chance. O amarelo para os candidatos com alguma chance. Mais indicado para o vice de chapa ou suplente de senador. E o verde, para os candidatos com maiores chances de atender às esperanças do eleitorado.

No campo ecológico, as cores estão em processo de extinção. O azul, por exemplo, dos rios, mares e lagos e da famosa ararinha azul. O verde das matas também caminha no mesmo rumo do desaparecimento. E o branco da paz nem se fala.

Resta saber, finalmente, quais as cores dos sentimentos, das impressões e dos pensamentos. As cores da esperança e da paz, por exemplo, todos sabemos: verde e branco. A do medo, seria branca, quando aplicada no sentido de “deu branco”, referindo-se ao esquecimento. Ou seria como o amarelo do medo? E as cores da ilusão, por acaso, seriam visões exclusivas dos daltônicos, daqueles que têm dificuldades para identificar as cores dos que padecem de acromotapsia.?

E a música? A poesia? As artes em geral, que cores teriam? Teriam cores variáveis, dependendo de cada sentimento? E a inveja, o ódio, a miséria, as guerras, a infidelidade, o roubo, o assassinato e a corrupção? Todos em preto e branco?

Certeza, mesmo, só de poucas coisas. O amor, por exemplo, tem todas as cores. Todas as tonalidades. Muito mais que o próprio arco-íris. Já a inveja, a ingratidão, o ódio e as guerras, como de resto todas as misérias humanas, não possuem cores. No máximo, poderíamos emprestar-lhes uma única e exclusiva tonalidade do vermelho. O vermelho que identifica o mal. A cor do demônio; que representa todos os males desse planeta. E que um dia, quem sabe, usando o verde da esperança, consigamos transformá-la no branco da paz. A paz que tanto almejamos.











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