Usina de Letras
Usina de Letras
127 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Um Grito no Silêncio II -- 05/06/2001 - 23:18 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como disse, no "Silêncio I", fiquei muito contrita por não ter roupinhas que agasalhassem o frio da menininha e de sua irmã, ainda de colo. Os alimentos que dei iriam apenas matar-lhes a fome, mas o frio continuaria. Pensei que ela talvez conseguisse os agasalhos em outra casa e fiquei mais conforme.
Mas, não sei se pelo fato de ser mulher e ter o que tantos proclamam de "sexto sentido", passei por uma lojinha infantil que anunciava uma liquidação. Roupas baratíssimas, de todos os tamanhos. Veio-me à mente aquela menina que me chamou ao portão, na semana passada. Fiz a minha festa. "Ela talvez volte" - pensei - . Enchi duas sacolas de roupinhas variadas, tamanhos diferentes. E guardei, na esperança de que ela aparecesse. Não sei explicar por quê, mas os olhinhos daquela miniaturinha de gente me impressionaram, tal era o brilho de vivacidade que eu percebera neles.
Cheguei a ir, por vezes, ao portão, ver se ela aparecia... E uma certeza "indizível" me fazia ansioso o coração. Ficaria frustrada se aquelas roupinhas não fossem parar no corpo daquelas crianças.
Eis que, hoje, por volta das 17 horas, ela apareceu. Sorrateira, estava parada no portão, e brincava com a cadela. Foram os latidos da Bia que me chamaram a atenção, pois ela nem se deu ao trabalho de chamar.
Perguntei o que ela queria e ela disse que "Nada, não... Eu só vim brincar com sua cachorrinha. Outro dia, quando eu vim aqui, ela lambeu a minha mão, aí eu vi que ela gostou de mim."
A resposta, tão inocentemente disfarçada, daquela carinha tristonha, enterneceu-me. Entrei no "joguinho" dela e disse-lhe: "Ah... Ela me contou que você ficou amiguinha dela, sim. E até me pediu para comprar um presente, para você e para sua irmâzinha..." Ela abriu os olhos de espanto:
- A senhora deve estar brincando, pois cachorro não fala!
Mas eu disse que cachorro falava, sim... Não como a gente fala, mas de uma outra maneira, que eu bem entendia. A menina, então, com um "quase" alegre sorriso nos lábios, disse timidamente:
- Então vai buscar, que eu quero o presente.
Fui buscar as sacolas de roupinha e e ia passá-las pela grade, quando me ocorreu que eu havia feito para o lanche um delicioso bolo de laranja, com cobertura de goiabada derretida (receita minha, uma delícia mesmo).
Abri o portão e convidei-a a lanchar comigo. Ela parecia não acreditar, os olhinhos brilhavam...
Animal deve pressentir quando as pessoas merecem carinho. Pois a minha cadela "raça pastor", que protege a casa, como ninguém, nem se incomodou com a intromissão da menininha. Simplesmente, prendeu-lhe os pezinhos com as imensas patas e começou a fazer-lhe agrados.
O que eu senti?
Acho que vou deixar para o próximo, senão o texto fica muito extenso e você talvez tenha preguiça de ler...


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui