Sinto que, ano após ano, tenho sido monótono e repetitivo nestas mensagens que envio para meus amigos!
Fazer o quê?
Somos seres tão previsíveis!
Na verdade, ano após ano, todos nós passamos 364 dias correndo atrás das quimeras, dos fantasmas que insistimos em criar!
De sonhos e desejos... que são importantes, decerto, quando não são a nossa única razão de viver!
E quando chega a noite de Natal... 1 dia... aí lembramos que tudo isso pode até ter sido emocionante... pode ter dado um tremendo lucro... seja lá o que isso represente... pode ter ocupado o nosso tempo... pode ter dado uma sensação (digo "sensação") até de felicidade... pode, enfim, ter sido a nossa "razão" de viver... e quando o relógio bate meia-noite e a gente ouve lá fora aqueles fogos de artifícios estourando durante minutos como se cada ser deste planeta estivesse comemorando a sua libertação, sentimos algo nos tocando por dentro!
E esse sentimento, não raro, vira lágrima... vira arrepio!
E no abraço daqueles que amamos... ou na nossa mais cruel solidão... não importa... sentimentos que aquilo que nos tocou por dentro nada mais é do que a verdadeira razão daquele momento!
E a sensação de que aqueles fogos de artifício... que riscam os céus lá fora... sejam, de fato, um arauto que prenuncia a liberdade de cada um fica mais forte dentro do nosso peito!
A pena, nisso tudo, é que no dia seguinte lá estaremos nós... nos pregando nas cruzes de nossas quimeras e fantasmas... pra passarmos mais 364 dias algemados a mais sonhos e desejos, pregados nas iniquidades que nós mesmos criamos sem perceber que... aquele que se deixou pregar numa cruz...
que se deixou ser humilhado por seus próprios irmãos, e depois...
os perdoou... enfim... aquele que alguns chamam de mestre... nos legou a verdadeira razão daqueles atos... e desta data:
a prática do amor... e do perdão!
