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Artigos-->146. PARA PERFAZER O NOSSO DESTINO — HERIVELTO -- 15/03/2003 - 07:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os laços que prendem os seres encarnados são, muitas vezes, voluntários e, outras tantas, involuntários. Não é sempre que aquilo que o homem faz é de seu agrado imediato, mas pode refletir atitude de aquiescência anterior ao encarne, quando o ser compreendia melhor as suas necessidades mais prementes. Assim, muitos desacreditam do “destino”, por não estarem cônscios desta verdade comezinha entre nós, espíritos libertos dos liames carnais. Por mais que se empenhem, não são todos os que conseguem vislumbrar, em cada ato seu, atributo específico, previamente consignado para fazer parte de sua personalidade, por injunções próprias às missões ou provações a que vieram para o mundo dos vivos.



Desse ponto de vista, fica fácil analisarem-se, após os eventos, quais seriam as reais vicissitudes que o aparato orgânico estava preparado para enfrentar. Se for sábio, é porque precisava resgatar débitos contraídos no campo da ignorância; se for santo, é porque muito pelejara nos ardores das batalhas; se for cientista, é porque comprometeu o meio ambiente, e assim por diante. Se for médium, é porque necessitava pagar, em trabalho de auxílio socorrista, dívidas contraídas com entidades que padeceram sob o jugo de férrea vontade.



Evidentemente, são estes raciocínios e a exemplificação concernente tão-somente produto de generalizações. Casos existem de sábios, de exegetas, de cientistas, de médiuns que nada deviam, mas que se investiram de tais funções, com tais atributos, em virtude de missões específicas para ajudarem a sociedade humana a progredir nos seus campos de atuação. Não se pode, portanto, prejulgar o indivíduo. Sem determinar, com muita fidelidade, quais os méritos de cada qual está investido, quais os atos e conquistas individuais e até mesmo coletivos, quais os recursos de que lançou mão para concluir seus empreendimentos, é impossível vislumbrar sequer a que veio na presente encarnação.



Por isso, devemos todos sofrear os nossos ímpetos divinatórios, pois incidir em erro nesse campo é o que acontece mais comumente. Podemos até precisar que os acertos ocorrem mais por mero acaso do que como fruto de bem planejado levantamento das condições que envolveram a pessoa, em todos os seus aspectos. Vamos, ao invés de julgamentos pueris, concentrar nossos esforços no campo da meditação a respeito de nossos atos, de nosso procedimento, fazendo tudo para pautá-los pelos ensinamentos de Jesus, esse sim nosso mestre, nossa luz, nosso farol indicador das perigosas condições de navegação em que cegamente nos conduzimos.



Possivelmente, mais tarde, quando do levantamento do véu, possamos perceber que estivéramos muito longe da verdade, mesmo quando tentamos estabelecer para nós mesmos os princípios vitais. Quanto aos nossos companheiros, então, muito nos frustraremos ao encararmos a verdadeira trilha designada para sua peregrinação.



Eis que temos conosco princípio muito útil, ensinado por Jesus, mas pouco lembrado pelos próprios cristãos: “Não julgueis, se não quiserdes vós próprios ser julgados.” Esse é o fiel da balança, o ponto de equilíbrio que deve ser levado na devida consideração, sempre que nos virmos tentados a justificar procedimentos através de ilusória ilação de que eram ditados pelo “destino”.



Sem querermos estender nossa argumentação para além da compreensão mediana do problema, podemos juntar mais uma circunstância para inocular de pressupostos a análise do “destino”: a vontade de fugir ao determinismo. Ciente de sua liberdade de pensamento, pensa o homem que pode tudo realizar segundo seu discernimento, independentemente das leis gerais do comportamento, fundamentadas em princípios de ordem moral, espiritual e até física. Esses que assim pensam, passam a agir aleatoriamente, satisfazendo os desejos mais imediatos, sem investigar se são, realmente, os mais prementes, ou seja, se são os que os levariam a perlustrar a estrada que lhes foi indicada para chegarem ao ponto almejado.



Como tudo lhes parece acessível, ficam vagando ao léu, distanciados de si mesmos, onerando o seu encarne com problemas vários de difícil solução. Se se detivessem a observar que o que todos fazem ou enfatizam pode ser pernicioso, teriam mais cuidado nas arremetidas cegas em busca de se comprazerem com a vida material, desatentos para os aspectos maiores, mais sérios, mais profundos, de acordo mesmo com a criação, que a ninguém é dado desconhecer. Sendo assim, perdem excelentes oportunidades de progresso, porque se deixam levar por ilusões, por impressões momentâneas, por atitudes de desleixo, quando o certo é adquirir poder de reflexão, de meditação, por meio de atitudes prudentes diante da possibilidade de várias opções que, a cada passo, em cada ato concreto da vida, se oferecem a cada um de nós.



Por isso Deus é pai misericordioso, porque nos dá a oportunidade de livre escolha e nos sustenta a decisão através de vigilante consciência. São nossos impulsos fundamentados em ilusões que nos impedem de ver a melhor solução para nós mesmos e essa nossa deliberação é a nossa ruína, caso em descompasso com os ensinamentos evangélicos.



Esta a razão por que, insistentemente, os nossos irmãos orientadores nos conduzem a considerar cada uma de nossas atitudes, fazendo-nos analisá-las à luz do evangelho, para que obtenhamos a certeza de estarmos agindo sob o influxo do amor, que é a lei universal. Essa nossa preocupação, irmãos, é serena, é tranqüila, porque meditada profundamente. Sabemos que a cada um segundo suas obras e, se obras existem que mereçam a consideração maior de tornarem-se os veículos da salvação, evidentemente, dia virá em que, do fundo da consciência de cada um de nós, brotará aquela atitude de sublime compreensão que nos fará a todos proceder de acordo com o sentido mais elevado dos ensinos de Jesus.



Oremos para que todos consigamos, o mais cedo possível, obrar em amor, para que nosso progresso seja rápido e possamos obter a redenção. Facilitemos o nosso ministério de luz, enchendo o coração de júbilo pelo mérito dos que ascendem a cada momento aos círculos mais elevados, bafejados pela misericórdia divina. Façamos deles o nosso êmulo e sigamos a Jesus, no caminho de glória que abriu para nós.



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