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cronicas-->Banalização - A vida humana -- 19/12/2007 - 17:22 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Banalização - A vida humana





Publicado, no Correio do Braziliense, do Correio Braziliense, de 10 de maio de 2001


O bem mais precioso do universo é a vida. E o homem, sem dúvida. Mas os bens mais preciosos do homem constituem o amor e a amizade, a relação ser humano - ser humano, seu maior capital.

Quando a vida humana, bem mais precioso entre todos os demais, nada mais vale, é sinal de que o homem deve parar e fazer profunda reflexão, porque chegou ao fundo do abismo e há que se repensar o sentido de todas as coisas!

O homem está perdendo a verdadeira dimensão da vida. A corrupção, a bandalheira, a mentira, a mesquinhez são os ingredientes de seu dia a dia, tornando-o infenso aos mais sacros princípios do bem viver O que se pode esperar, ao se defrontar com os fatos mais escabrosos que envergonhariam até nossos ancestrais das cavernas, como o estupro de pobres e indefesas crianças, uma mísera mãe ser assassinada por um tiro perdido, na frente de sua filha, pessoas serem mortas apenas porque vivem, famílias inteiras serem dizimadas, os "carecas" surgirem, de repente, neste País, com o ànimo de discriminar e fazerem o mal, batalhões de famintos e miseráveis, despidos de um mínimo de dignidade, porque tudo lhes foi subtraído, e assassinos confessos e criminosos contumazes receberem as benesses negadas às suas vítimas?

É preciso, pois, que a sociedade sã reaja, imediatamente, a esses descalabros, antes que seja tarde demais! Não há como relevar, sob pena de o homem sucumbir, em vista de sua própria omissão!

Não sei se devo parar ou continuar.
Não sei se é grave a indagação que me faço.
Não sei por onde começar ou terminar.
Não sei mais que fazer.
Não sei se ainda tenho esperança de que um dia o ser humano acorde deste pesadelo.
Não sei porque ainda me indago, se tudo em volta está ensanguentado.
Não sei porque fico a pensar em tudo isto, se o ser humano nada mais vale.
Não sei se a vida ainda tem um peso específico entre os seres viventes.

É triste olhar em volta e enxergar tudo escuro, breu.
É triste não mais encontrar a solidariedade, o amor e a alegria de viver.
É triste perceber que o homem deixou para trás o encanto de ser.
É triste saber que em toda parte as pessoas não mais se querem.
É triste, muito triste, olhar em volta e só ouvir gritos de dor daqueles que nada têm, nada podem, nada vivem.
É triste, sim, quando uma pobre mãe, acompanhada de seu maior tesouro, sua filha, recebe um tiro perdido e se vai para sempre.
É triste saber que um Biggs, criminoso confesso, recebe da mídia toda cobertura e proteção.
É triste saber que criminosos inveterados recebem o aconchego que sua vítima não tem.
Sei que não me importo mais com os seres malditos, de toda parte, que furtam, roubam, menosprezam o seu semelhante.
Sei que não me preocupo mais com os bens que me tiram.
Sei que tudo isto não tem a menor valia.
Sei que a vida, esta sim, é o bem mais valioso do universo.
Sei que é infinitamente difícil pensar em tudo sem uma tênue esperança.

Será que um dia acordarei num mundo do faz - de - conta?
Será que aprenderemos que a vida tem uma razão de ser?
Será que a grande humanidade, boa e simples, terá vez?
Será que este ser único no universo de tantas coisas poderá usufruir do bem maior, que é a felicidade?
Será que a criança de hoje se transformará no homem bom de amanhã?

Oh, meu Deus, porque seus filhos na Terra não aprendem que é melhor viver em paz?
Oh, meu Deus, porque tanta iniquidade, neste planeta de seres inteligentes?
Oh, meu Deus, até quando continuará esta celebração dantesca e de delírio?
Oh, meu Deus, será que um dia poderei acordar num mundo celestial?

É, meu bom compadre, acreditemos que sim.
É, meu bom amigo e amiga, oremos que tudo mude.
É, meu bom irmão e irmã, com certeza, algo diferente acontecerá.
É, minha fraterna companheira de todos os sonhos, Deus há de olhar e se apiedar dos bons e diletos filhos da Terra e do Universo.

Não, não temamos ninguém.
Não, não percamos a esperança.
Não, não deixemos que nos tirem nem nos quebrem o frasco da ilusão.



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