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Cronicas-->Salvy Galvão Queiroz -- 17/12/2007 - 13:10 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Salvy Queiroz


Ontem aconteceu a missa de trigésimo dia em memória do querido amigo Salvy Galvão Queiroz, um estóico, homem de grande coragem física e moral.
Livrou-se, afinal, das doenças, das dores, das cirurgias, da cegueira, de tudo que o martirizou nos últimos dez anos.
Foi-se sem sofrimento, inesperadamente, u´a morte misericordiosa, das que apenas penalizam os parentes próximos.
Foi muito duro para eles e para os velhos amigos acompanhar sua via crucis nesses anos todos, sabendo que seu estado de saúde não comportaria melhora significativa.
Mas, também, foi um aprendizado de vida ver como ele lutou denodadamente com a doença, sem se lamentar de nada, enfrentando com destemor o que lhe acontecia e o que estava por vir. Já havia aprendido com ele formas de viver com intensidade e também aprendi como a morte pode ser recebida com bravura, sem medo!
Muitos amigos têm falado sobre Salvy, alguns destacando sua carreira de sucesso no Banco Económico, outros sua incomparável força moral, seu entusiasmo, o amor e zelo por Glória (Goi, para ele), sua mulher, mas nenhum de nós sublinhou de forma mais vigorosa e expressiva alguns aspectos de seu caráter, de seu comportamento como Ivaldo Montarroios, do Recife.
Em carta a Glória e artigo que escreveu para publicação no jornal da Fundação ECOS Montarroios, um pernambucano típico, dos que escondem as emoções nas funduras das entranhas, falou até de seu sentimento de perda, de todos nós, aliás, com a doença que o retirou do nosso convívio, e agora com sua partida para a outra dimensão.
São palavras de Montarroios: "como pode uma pessoa ter tanta paixão pela vida? O sucesso era sua marca. Conseguiu. Honesta e dignamente, não só profissional, como pessoal, financeiramente."
E continua: "Transmitia entusiasmo. Iluminava ao seu redor. Impossível alguém do seu tempo e dessas bandas do Nordeste, convivendo com ele, não ter sido contagiado. Extraordinária capacidade de trabalho, astúcia, energia, entusiasmo, sinceridade, lealdade. Ah, SALVY, que falta você fez. Que falta o banco nos fez. Que falta você faz. HOMENS assim, no final, mereciam simplesmente desaparecer. Como num filme holllywodiano. Deixando lembranças e saudade, num sentimento bonito de aventura e felicidade."
Ele assina o texto com um "adeus amigo velho"!
Foram tocantes e verdadeiras as palavras de Montarroios,que praticamente falou por todos nós!
Sempre tive uma relação privilegiada com Salvy Queiroz, desde que rapaz, ainda exercendo modesto cargo no Banco Económico, em agência do interior da Bahia vinha a Salvador para qualquer missão oficial. A gente sempre se via, às vezes almoçava, às vezes farreava, nós dois solteiros, então.
Depois, quis a fortuna que eu fosse ser seu chefe no Recife, quando ele já era um dos melhores gerentes do banco, administrando nossa agência mais lucrativa, em Maceió. A partir desse momento, e estamos em 1968, nosso relacionamento entrou numa dimensão diferente, de grande amizade, confiança, cumplicidade. No seu jeito independente, sempre foi um conselheiro, jamais um subordinado, pois sempre estivemos em pé de igualdade. Mais tarde, ainda pude promovê-lo a superintendente e interferir para que chegasse à diretoria do banco, cargos que exerceu magnificamente, com sua exaltada competência e probidade.
Já disse mais acima que as lições de vida de Salvy foram importantes para mim, para muitos de nós, que seu apoio irrestrito, sempre muito firme, sua solidariedade absoluta, tudo isso que enobrecia seu caráter serviu de pano de fundo à intensidade de nossa amizade.
Como bem assinalou Montarroios é muito duro saber que não poderemos mais contar com esse amigo leal, inesquecível.
Novembro de 2007.
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