Graça da Praia das Flechas
Ao chegar em casa agora,
sei que estás a me olhar,
pelas frestas da janela,
pelo tesão atormentado,
te sentes enclausurado,
pois audaciosa sou,
na malícia do amor..
Quando vou minha roupa tirando,
devagarinho, provocando-te,
pois sei que agora estás
com teu membro em ereção,
entrando em demência,
tal é tua ardência...
Tiro a blusa lentamente,
de forma sensual,
acaricio meus duros biquinhos,
descarada,e bem suavemente,
numa linguagem bem eloqüente,
de frente para tua janela,
percebo tua sombra atrás dela...
Coloco meu quarto na penumbra,
com uma suave luz lilás,
levanto minha saia,
que tem uma fenda bem atrás...
A meia calça vou tirando
suavemente,
com os quadris rebolando,
em meneios sensuais,
gestos que em mim ,
são perfeitamente normais...
A meia vai descendo,
sento-me na cama,
cruzo provocante as pernas,
que são um tanto profanas,
para poder acabar,
à meia retirar...
Estou sem as calcinhas,
pois já vim sem elas,
e tu vês agora,
minha gruta está de fora...
Com a mão alisando meu sexo,
num frêmito desconexo,
com desejos me torturando,
vou ao tesão me entregando...
Meu corpo nu sobre a cama,
com os dedos acho o lugar certo,
começo a colocar um ritmo,
agora não posso parar,
meus quadris estão arqueando,
meus gemidos se alastrando,
as contraturas chegando...
Abres a janela por fim,
parecendo querer,
te jogares sobre mim...
Mas continuo o prazer a me dar,
somente pensando agora em gozar...
Urrando feito demente,
gritos indecentes,
seivas pelas pernas descendo,
meu corpo em minha cama jogado,
e tu estás extasiado...
Vens como louco à minha porta,
que deixei apenas encostada,
já chegas com o zíper aberto,
o membro pra fora, ereto,
de prazer intumescido,
os joelhos dobrando,
como que perdendo os sentidos...
Tiras as calças correndo,
estou em meu leito,
como serpente me contorcendo,
quero-te sobre mim,
para matar esta agonia louca,
que parece não ter fim...
Deitas sobre meu corpo,
meus dedos todos vais lambendo,
pois estão cheios
do meu mel escorrendo...
Teu cheiro de macho excitado,
somente aumenta meu prazer,
quero neste momento ser,
tua fêmea a te perverter...
Teu amor é gostoso demais,
lambes e sugas meus recantos,
tua língua áspera e quente,
trabalha como uma serpente,
como um falo penetra,
em meu sexo ardente...
Como ensandecida,
a ela sirvo de guarida,
e tenho o maior orgasmo,
que já senti em minha vida...
Mas, ainda quero mais,
viro-me de costas,
sei que tu sabes
do que verdadeiramente gosto...
Coloques a língua lá dentro,
e os dedos na frente, enfim,
só quem ganhou esta carícia,
que é feita de pura malícia,
é que pode realmente saber,
porque este delírio
me faz enlouquecer...
Tu fazes todas as minhas vontades,
pois quem dá as ordens sou eu,
sabedora das tuas fraquezas,
sei como te manejar,
e o máximo de prazer,
de ti vou retirar...
Após entrar em convulsões,
sinto-o possesso e louco,
suspendes minhas ancas,
penetra-me e cavalga-me
como se eu fosse
uma verdadeira potranca...
A insanidade dos sexos
misturados,
o aroma do mel perfumado,
escorrendo pelas pernas,
de dois amantes safados...
Agora até à janela
vou me arrastando,
janela indiscreta,
a ti estou
neste momento fechando,
e, nosso amor,recomeça agora,
pois quando juntos ficamos,
para terminar o prazer,
não existe data e nem hora...
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