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cronicas-->Simplesmente amar -- 28/01/2001 - 23:22 (Mastrô Figueyra de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A vida muitas vezes nos prega algumas peças que chegam à ser difíceis de explicar. Como explicar o inexplicável, o dito pelo não dito, a verdade absoluta, já que temos a consciência de não há existir. Como explicar o amor, o amar, a química mais que perfeita capaz de enfeitiçar dois corações, independente de idade, localidade e diferenças muitas vezes aparentes. A química é inexplicável e em meio à nossa sociedade temos como uma das únicas opções, aceitar da melhor forma possível, sabendo conviver com a distància e principalmente com a saudade, gerando no seu mais profundo ser, o gostoso sentimento de amar e ser amado.
Nessa constante idas e vindas da minha pobre vida, estive procurando a pessoa certa. Várias portas eu bati, muitas estavam fechadas e outras mal passaram de ilusões. Cheguei em um momento há pensar que seria uma pessoa diferente, o senhor de todas as mulheres, mas nesta imensidão de caras e bocas, vi que eu não passava de uma mera pessoa. Sempre fui querido por muitos, desejado por poucos. Via que não passava de um objeto perdido no tempo e espaço. Eu na verdade não tinha ninguém.
Como um bom filósofo, decidir dar tempo ao tempo e que poderia neste período encontrar a `moça´ de meus sonhos. O dia chegou e lembro-me como se fosse hoje.
Estava eu me preparando para entrar em uma igreja na cidade de Campinas, em uma cerimónia matrimonial de uma pessoa querida da família. Ao vê-la, pude notar de imediato os suaves contornos de sua face, agraciados por marcantes traços orientais. Rosto de anjo, jeito meigo, educação exemplar. Neste breve período, pude antes mesmo de saber seu nome, dar um saboroso beijo em seu rosto, onde senti toda a maciez de sua pele, magistralmente bronzeada pelo sol veraneiro. Meu pensamento à partir deste momento, era de poder conversar e saber seu real nome. Fim de cerimónia, princípio de festa e início à primeira vista de uma amizade. Durante a festa, conversamos, trocamos sorrisos e elogios. Fotos foram tiradas aos montes, mas o fato mais relevante foi na hora da dança. Ela de imediato não queria dançar e fez uma breve resistência, que foi quebrada com a minha insistência sem limites. Conquistando o direito da dança, foi na pista, como dois foliões que realmente nos conhecemos. Pisões e algumas cotoveladas eram inevitáveis no meio de uma multidão embaladas pelas melhores músicas de forró e sertanejo. Ao dançar com corpos colados, era inevitável sentir uma troca de afetividade e de carinho. O sorriso era o melhor termómetro, tamanho o calor presenciado pelo casal. A hora passou e a cada olhar, o sentimento de enamorar aumentava. Ficamos juntos por toda a noite, mas nada de concreto aconteceu entre nós. A garota voltou para a sua cidade na grande São Paulo e nem ao menos havia perguntado seu nome. Fiquei sabendo apenas que ela tinha 16 anos, talvez este o maior obstáculo à ser superado, já que sou sete anos mais velho.
O mais profundo sentimento de amor por ela continua e espero um dia poder alcançar a tão aclamada felicidade ao lado da minha princesa de rosto angelical onde possuo apenas um objetivo: simplesmente amar e ser amado, por ela.

Mastró Figueira de Athayde é cronista e engraxate na Praça da República
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