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Humor-->Relações gramaticais -- 25/05/2005 - 12:23 (Janete Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assunto: Fwd: Leiam isto
Observação: mensagem anexa encaminhada.
Inteligente e hilária redação. Mereceu vencer o concurso de Gramática da faculdade.
Confiram!
Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE

(Universidade Federal de Pernambuco - Recife) e, que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática

Portuguesa.



"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se
encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural,
com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem
definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso
predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário
dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por
leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois
sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade,
começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as
reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o
substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo
depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se
movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do
substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu
aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma
fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para
ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num
vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele
foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um
imperativo, todos os vocábulos dizi am que iriam terminar num transitivo
direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele
sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula,
que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise
quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu
uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por
essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o
comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre
beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais:
ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do
objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era
um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do
seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta
abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido
tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram
gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver
aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo
auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os
dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o
edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto
adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um
superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa
maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi
chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu
tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições
eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do
substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O
substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois
dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na
história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e
voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo
feminino col ocado em conjunção coordenativa conclusiva.”.

Texto circulante na NET...não foi apontando o nome da aluna que o produziu...sabe-se apenas que é do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco...


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