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Artigos-->144. CONDIÇÕES PARA A SADIA PRÁTICA MEDIÚNICA — ERNESTO -- 13/03/2003 - 06:33 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


No sentido mais amplo, MEDIUNIDADE é o meio que o homem possui para entrar em contacto com as forças espirituais de qualquer natureza. Sendo assim, MÉDIUM é o que perfaz a mediação, é o mediador.



Não estamos inteiramente seguros de que todos os mortais reúnam qualidades para esse contacto, mas o que é certo é que a nenhum deles foi negado o direito de possuir tal recurso. Seres existem, contudo, que, dado o temor pelo desconhecido, deixam de prestar serviços neste setor, embora dotados de facilidade de mediação e de influenciação. Por isso, muitas vezes se deixam levar por espíritos obsessores, pessoas inteligentes, aparentemente equilibradas, cheias de viço, de humor prazenteiro, mas que, nos momentos de decisão, quando se exigem delas atitudes firmes, demonstram exígua fé, nenhum interesse e desvinculam-se da matéria em “estado de graça”, como se deixassem a vida da mesma forma que nela penetraram. Assim, não conseguem avançar em suas sucessivas encarnações, embora muitos solicitem, anteriormente aos encarnes, que sejam dotados de mediunidade. São esses indivíduos os que mais padecem no fundo de suas consciências, ao retornarem às lides espirituais, pois percebem, tardiamente, que, tendo meios, não se utilizaram deles para o seu progresso.



É por isso que sempre vamos enaltecer os que, com tão boa vontade, se prontificam a nos auxiliar em nossas tarefas socorristas, pois sabemos que, cumprindo essa sagrada e valiosa missão, se colocarão diante de si mesmos com honesta alegria.



Havemos, contudo, de alertar para o fato de que o só trabalho mediúnico em nada altera a disposição moral, espiritual, o estágio evolutivo do ser. É necessário, para que haja real progresso, que as virtudes evangélicas, tão decantadas em todas as sessões de contacto com o mundo espiritual, sejam postas em prática na “performance” diária. É preciso que cada qual se compenetre de seus deveres de ser humano, antes de se desincumbirem de suas tarefas medianeiras.



É para isso que insistentemente chamamos a sua atenção, caro amigo leitor. Não se deixe levar pela ilusão de que o fato de estar apanhando ditados, de participar psicofonicamente de sessões de doutrinação ou mesmo de desobsessão, será suficiente para elevá-lo à condição de ser superior. Para isso, é preciso integrar à sua personalidade, como se dela fizessem parte, como se fossem imanentes a ela, os ensinamentos de Jesus, os quais recomendam ao homem seguir as leis de Deus, que se encontram resumidas nas excelsas expressões do amor a Deus e aos semelhantes, quaisquer sejam eles. Esses princípios evangélicos, uma vez insertos no coração humano, serão a alavanca que soerguerá a humanidade, para que possa pôr-se em condições de aspirar ao benefício da ascensão à paz do Senhor.



Este roteiro de vida é o que se impõe a todos os encarnados. O que dizer, então, dos que têm para si o dever da mediunidade?! São eles uns predestinados, pois não há ato mediúnico sensato para o qual não concorram os méritos mais importantes de quantos se submeteram na vida às vicissitudes mais extremadas e delas saíram vitoriosos, porque agiram sob o influxo do verdadeiro amor, da solidariedade, da benquerença e da carinhosa atitude de amealhar amigos, mesmo com o ônus de sacrifícios pessoais de vários matizes, quer no que tange ao desprendimento material, quer no que se refira à dedicação de muito sofrimento e de muita dor provocados por incompreensões, injustiças, descréditos, até que, soberana, pudesse aflorar a verdade, que se instalara no coração e que, escondida, era de difícil decifração.



Para que todos possamos adentrar no reino do Senhor, é preciso precatarmo-nos contra os desejos de engrandecimentos sem méritos. Mas se os tivermos, não teremos de esperar pelo seu reconhecimento, pois são os humanos que soem desprezar as reais virtudes dos companheiros. No plano da espiritualidade superior, tais enganos são impossíveis, pois cada qual traz em si, indelevelmente impressos na alma, os valores morais de que estão impregnados, de sorte que não sejam confundidos.



Para que todos usufruam, portanto, os benefícios inerentes às virtudes adquiridas, basta obtê-las sob o fogo ardente da luta diuturna, sob o amparo dos protetores, mesmo que sob a perseguição implacável de inimigos gratuitos, que ficam à espreita dos imprevidentes, que se deixam levar por ideais fantasiosos provocados pela sua natureza muito presa à materialidade e às suas conseqüências psíquicas.







Neste ponto, devo suspender o arrazoado para ceder a vez ao amigo que se predispôs a orientar-me neste momento de muito amor e de muita paz. Quero deixar voto de feliz ano novo a todos, especialmente ao nosso médium, para que possa continuar desenvolvendo trabalho de mérito, através de sua inquestionável operosidade. Mais tarde, quando procurar nas brumas do passado vislumbrar o caminho que rastreou, ficará imensamente feliz por perceber que muito caminhou em sua vida, rumo à direção certa da consecução de seus objetivos maiores.









COMENTÁRIO — HOMERO



O irmão Ernesto colabora conosco há muito tempo e tem-se preocupado com a orientação aos médiuns, no que respeita, principalmente, aos cuidados que devem ter relativamente ao seu procedimento ao encararem o ato mediúnico. Neste sentido, tem sido muito feliz ao alertar para os riscos que todos correm no enfrentamento das virtudes necessárias, para que não se deixem iludir por vitórias fáceis, que, de resto, não são verdadeiramente produto de trabalho específico, mas quase sempre são oriundas de tendência inata, implantada na personalidade, por missão a que se destina na encarnação em decurso.



Neste aspecto, devemos ressaltar o valor do texto emitido, pois constitui-se em importante auxílio para que possam os nossos leitores ingressar sadiamente na prática mediúnica, desde que dotados das necessárias condições mínimas de impregnação magnética e de influenciação psíquica, fundamentais para que o trabalho decorra sem interrupções e possa produzir o seu efeito.



Verifica o amigo médium que, ao escrever estas apreciações, apresenta certo titubeio, embora se contem às centenas as páginas que foram apanhadas por ele. Muitas vezes, o mais experimentado dos mediadores tem oportunidade de fraquejar, porque se deixa envolver por problemas pessoais das mais variadas ordens, desde desajustes familiares até preocupações econômico-financeiras, sem contar os inúmeros desarranjos causados por influências psíquicas, tais como a inveja, o ciúme, o orgulho, o desejo de brilhar socialmente etc. Desse ponto de vista, o texto distanciou-se dos reais efeitos suspensivos do trabalho. Talvez pudesse o nosso Ernesto dar a esse aspecto atenção maior.



De qualquer modo, entretanto, deixou fluir a pena do médium e soube conduzi-lo até o fim, enfeixando suas conclusões, de molde a abranger todo o universo dos que se dispuseram a enfrentar os duros percalços da mediunidade, sem esquecer de referir-se aos dons que advirão, em acréscimo de benemerência, aos que lograrem perlustrar toda a estrada. Bom texto, acessível, lesto e pleno de revigorante e entusiástica ênfase à necessidade de se compenetrarem os médiuns do valor de seu serviço.



Parabéns, portanto, irmãozinho, e prossiga conosco auxiliando-nos a abrir os olhos a quantos, “sonolentos”, se deixam vagar pelo mundo da ilusão do engrandecimento humano, neste campo tão propício à vaidade e ao desvirtuamento.



Vamos encerrar, elevando os nossos pensamentos ao Senhor, agradecendo-lhe mais esta oportunidade de nos apresentarmos para esclarecimentos e treinamentos oportunos.



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