Da noite ergue-se
O homem que marcado
Pela dor e tempestade,
Amor bárbaro,
Que caminhava pelas veredas,
Sombras pavorosas,
Cheias da violência púrpura,
Nas feridas relembradas
De seu coração
Quando os raios mais dourados
Do sol surgem queimando
O solo com as labaredas fulgentes
Da verdade.
Tais homens sentem a repulsa alva
Que arde em seus olhos como o fogo,
Que penetra mais agudamente
Rasgando-lhe a carne e as emoções.
Mudanças parecem acontecer
De forma fria, lenta e profunda.
Transformando os mais sedimentados
Sentimentos rochosos do interior.
Cria-se a guerra do homem,
Que luta com seu próprio sangue
Pelo domínio do seu corpo.
A luz vem a brilhar em poucos pontos
De seu ser. Mas a batalha vai continuar.
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