Sobre os lençóis em desalinho das orgias
Ante teu membro pasmo sem cessar arfante
Por obra e graça de uma noite em que sacias
Rosa mais cheia se entreabre insinuante
Infiltra-se inflamando meus olhos estáticos
Um fino orvalho de prata que esplende e cega
Sou dança, sou chama de gestos acrobáticos
Que me deflora é o êxtase de toda a entrega
Com seios plenos que a noite mistura ao dia
Entre os espaços onde tu me afloras mais
Com aquele cheiro acre que jamais esfria
Testemunho assim a força descomunal
Que pelas bordas se aprofunda qual badalo
E soa louca feito sino magistral