Ela... Quem será?...
Equação resolvida
É como a estrada da vida
Quem tem entrada e tem saída
E como surda mulher, não ouve
Não abre-alas, nem a fala lhe penetra
Por aí não nasce, diz o obstetra
É sempre assim, indefinidamente
Seja dia, seja noite, nada é diferente
Dum irritante linear, um bodum
Nenhum lamento resolvia, coisa nenhuma
Desguarnecia algo tão secreto na anatomia
Um dia descobri ser a sentina como pia
E a raiva fez rimar, preencher minha lacuna
Ela, “A anatomia da sentina entupida!”
Miguel Eduardo Gonçalves
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