Usina de Letras
Usina de Letras
174 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A BALAVRA - A bala sob a forma da palavra -- 14/11/2007 - 17:12 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O poder da palavra se sobrepõe ao poder das armas que disparam balas de fogo mortais e destruidoras da matéria física do homem. A força da palavra também pode ser letal, ter o efeito de uma bala, quando atinge a mente desprevenida de incautos poderosos. A palavra ou balavra derruba um títere sanguinário, evitando que este dizime multidões inocentes com a bala dos seus canhões.

Um pensador corajoso, idealista, capaz de reagir ante uma injustiça praticada por um déspota, poderá abalar as estruturas do arbítrio e desmontar o aparato bélico de um ditador. Basta uma palavra ou balavra bem disparada, certeiramente mirada no alvo certo, e vai ao chão a força carrancuda de imperadores que imaginam ter recebido poderes divinos para mandar e abusar dos atos de exceção, à margem da lei, no sub-reptício duto onde costumam esconder-se e fazer escorrer as arbitrariedades e as injustiças.

Nenhuma ditadura, nenhum regime de força, na história da humanidade, servirá de exemplo a ser citado como construtor de uma nação, da formação de um povo e que tenha lhe dado o caráter de nacionalidade.
Ao contrário.

As nações e os sentimentos de nacionalidade foram construídos pelo surgimento de líderes forjados em ideais, com necessária competência, inteligência, para liderar movimentos libertários, arrebanhando multidões que, unidas, defenestraram muitos poderosos e criaram condições históricas para a consolidação de uma nação com identidade própria, cultura própria e cor própria de nacionalidade.

A história registra os incontáveis casos da união do pensamento de verdadeiros sábios, que souberam fornecer a munição eficiente, a palavra ou balavra, com a coragem de lideranças igualmente capacitadas no pensar e no absorver idéias, resultando em transformações profundas de contextos nacionais que edificaram sólidas civilizações.

Todos os modelos de domínio político que formaram nações democráticas, desenvolvidas, adquiriram tal status quando as lideranças se inspiraram em ideais de pensadores, mesmo de tempos remotos, seguindo-os no presente para desenhar o escopo de uma estrutura nacional bem solidificada. A Grécia antiga, há milênios, já contava com um grupo de sábios dotados de visão de futuro e que lançaram as bases do ideal democrático e os manuais de conduta dos mandatários do poder, ainda hoje prevalecentes, embora esteja em tenra fase de busca experimental para seu aperfeiçoamento.

Apesar das idas e vindas, do exercício do poder à força e na força tomado, os caminhos para modelos de liberdade, de livre arbítrio dos cidadãos nacionais, de um conjunto de direitos e normas éticas, tomam cada vez mais impulso e perspectiva de vitoriosa solidez.

Tudo isso, ou seja, as esperanças de liberdade e do defintivo enterro do arbítrio, se deve à arma que não trucida multidões, a palavra ou balavra, disparada sob a forma de pensamentos sábios e idéias que fulminam a raiz da tentação totalitária. Nação e povo livres são direitos sagrados e inalienáveis.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui