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Cartas-->Para Leonardo Kory Martins -- 08/06/2004 - 08:20 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Eu te sugiro um tema candente, Leonardo: o Haiti. Nada me convence que Aristide não foi vítima de um golpe, afinal era presidente constitucional. Senão não estariam os rebeldes a defender o presidente. E lá está o Brasil a fazer parte de uma intervenção dos antigos colonizadores, os franceses e os norte-americanos, para combater os rebeldes de agora, adeptos do presidente!
A presença das tropas francesas e norte-americanas revolta. É como se, em meio ao golpe contra Goulart, soldados portugueses caíssem de pára-quedas em Brasília. Imagine o ódio, a vergonha que sentiria o povo brasileiro.
A guerra do Iraque e do Afeganistão mostrou o papel da ONU: entidade servil às grandes potências, ou melhor, a uma grande potência, acoberta e dá legitimidade às intervenções do capital estrangeiro, o velho imperialismo...O que estava fazendo o Sérgio Vieira de Mello lá no Iraque, se a ONU não tinha apoiado a intervenção? A ONU fez por merecer o que levou no Iraque, cometeu muitos erros. Veremos o que dará esta intervenção no Haiti. Segue a mesma lógica da intervenção no Afeganistão, onde os EUA querem trocar suas tropas pelas dos países árabes _ assim como está fazendo no Haiti, em que substitui seus marines pelos recrutas zero de Lula. Que beleza está me saindo essa tal política independente, que parece uma mistura da de Jânio Quadros com a de Castelo Branco. E como irrita a suposta neutralidade quando falam da intervenção de 1965 na República Dominicana, da qual o Brasil participou, e, conforme Glauber em Idade da Terra, foi reconhecida como erro no governo Geisel, ou seja, ainda no período militar (Geisel reconheceu Angola e Moçambique, por exemplo).
Veremos o que vai sair desta intervenção agora. O Haiti é aky, mal sabe Lula. Da participação na missão da ONU em 1956 saiu o Lamarca, que teve lá seu "estalo de Vieira" antiimperialista. Veremos o que sairá dessa agora. Fiquemos atentos, Leonardo, com participação das forças armadas no Rio e no Haiti começará um novo ciclo de participação das forças armadas na vida nacional, ciclo esse começado com a guerra do Paraguai.
Ufa! Falô, Leonardo.
Abração para todos aí.
Lúcio Jr.
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