Uma simpática Leitora, quiçá na hipótese de me proporcionar um momentinho hilariante, enviou-me através de e-mail a anedota que adiante descrevo, mas à qual acrescentei a evolução que assola a hodiernidade. Ora vamos lá então à anedota evoluída, presumindo que a Leitora ria ainda mais em cima do riso.
A CONFISSÃO...
- Sr. Padre, eu pequei. Fui seduzido por alguém que se dá... E...
- És tu, Carlitos?
- Sim, Sr. Padre, sou eu.
- E com quem estiveste tu?
- Sr.Padre, eu já disse o meu pecado. Agora, quem quiser, que confesse a sua parte.
- Repara, Carlitos, mais tarde ou mais cedo eu vou saber. Assim, será bem melhor que me digas quem é ela. Foi a Isabel Fonseca?
- Nesse aspecto, Sr. Padre, os meus lábios estão selados.
- Foi a Maria Gomes?
- Por mim, creia, jamais o saberá...
- Ah!... Decerto foi a Maria José?
- É tempo perdido: nunca nada direi...
- Queres ver que foi A Rosa do Talho?
- Padre, não insista...
- Então foi a Catarina da Pastelaria, não?
- Padre, isto não faz sentido....
O Padre rói as unhas desesperado e, numa última tentativa, aventua então:
- Bem, ó malandreco, não me digas que foi com o Pedrito?...
- Apre, Sr. Padre, que horror. Safa!...
- És um cabeça dura, Carlitos, mas no fundo do coração admiro a tua reserva. Vais rezar vinte pais-nossos e dez avé-marias... Vai com Deus,
meu filho... - E abençoou-o.
Carlitos saiu do confessionário e foi para os bancos da igreja onde o seu amigo Pedrito, deslizando para junto dele, lhe sussurrou:
- E então?... Resultou?!...
- Sim. Tenho cinco nomes de gajas que dão baldas!
- Ena, pá, isso é bestial...
- É, é... E também tenho o nome de um gajo...
António Torre da Guia
O Lusineiro |