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cronicas-->Reflexões a partir de uma reflexão -- 12/11/2007 - 10:00 (Humberto Fernandes Valente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reflexões a partir de uma Reflexão

Foi outro dia. Já não sei quando, nem estava com nenhum dos meus filhos. Nem sei porque tinha ido lá, no prédio onde meus filhos residem. Acho que fui deixar alguma coisa pra algum deles. Só sei que quando me virei para voltar pro carro, vi a cena: um "Pai" fechando a mala do carro e um "filho" perguntando alguma coisa.
Não guardei as fisionomias, o garotinho parecia mais novo que o meu caçula e o homem regulava minha idade. Não sei, mas acho todo mundo da minha idade, principalmente se tem filho. Verdade que realmente não escutei nada, mas a cena me disse tudo: um pai levava de volta o seu filho a casa da mãe. Podia ate não ser nada disso, mas não acredito, meu reconhecimento foi automático. Inclusive era 5ª feira. Mas parecido impossível.
Apressei-me pra entrar no carro e seguir meu dia. Durante o engarrafamento fui fazendo livres associações com aquele que para mim era um igual: um pai separado. Separado não da esposa, isso não é importante, separado do filho. Vi nas expressões deles o que sinto: a falta, a separação, a ausência, à distància.
Independente da separação: amigável, litigiosa, ponderada, irracional, rápida, curta, longa, injusta ou certa.Há um corte e todo corte deixa marcas ou até cicatrizes. Desnecessário dizer que há sempre mais de uma verdade, ou pelo menos mais de uma versão da mesma verdade.E no meio disso tudo crianças, adolescentes e adultos crescendo juntos em meio a um vendaval de mudanças.
Mudanças é disso que precisamos. Foi exatamente isso que ao abrir o jornal no mesmo dia, coincidência ou não, vi numa matéria sobre bonecos de crianças fincados nas areias de Copacabana por um movimento dos pais separados de seus filhos. Desde pequeno escuto que "mãe é mãe" e só não escutasse tenho um amigo que me lembra isso todo dia. Mas digo uma coisa: Pai também é pai.
Sei que pode parecer causa própria, ou tendo em vista minha formação acadêmica, diferente interpretação da lei, mas a lei pra mim é no mínimo injusta ou parcial. Tanto se fala em igualdade, mas valoriza-se mais o papel materno que o paterno. Descontada a fase biologicamente dependente e esquecendo qualquer outra teoria sobre a criação dos filhos, acho que temos o mesmo direito que as progenitoras de nossos filhos.
Há casos e casos, sei que exceções confirmam a regra, mas quero meus filhos comigo.Não quero brigar, não quero pendengas judiciais. Sei que dependendo da idade uns podem escolher com quem quer ficar. Sei, como dizem os "especialistas" que: Quem tem duas casas, não tem nenhuma. Mas quero que eles possam ter a minha, a deles, a nossa, minha e deles.
Quero minha chance de ter a popular e tão feminina "jornada dupla".Quero que mães e legisladores pensem não só como homens, mas como pais. Quero de novo mudar as leis, quero de novo mudar o mundo. Quero meus filhos comigo. Devo isso a eles. As mães devem isso a nós.


27/08/2007
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