Usina de Letras
Usina de Letras
157 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62178 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Lenda de Florfuma -- 30/09/2017 - 17:07 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lenda de Florfuma
Na época em que Curitiba se chamava Vila Nossa Senhora da Luz existia, numa fazenda, uma jovem chamada Elisa.
Um dia ela foi passear na floresta , viu um índio perto da cachoeira e se apaixonou por ele. Assim os dois começaram a namorar.
Porém depois de algum tempo, Elisa descobriu que estava grávida. Sem coragem de falar sobre a novidade para seus pais e nem para seu amado, ela escondeu a gravidez apertando os espartilhos.
Numa noite de luar, esta deu a luz sozinha a uma menina, dentro do seu quarto, e faleceu no parto. Seu pai arrombou a porta e ao ver aquele bebê, resolveu abandonar a criança na floresta.
Então o amado de Elisa avistou a menina e levou a pobre para a aldeia. Mas os índios não aceitaram aquele bebê, de olhos verdes e pele morena, por ser mestiço e abandonaram a garota na floresta perto de um rio. Assim a menina foi criada pela Iara, uma sereia de água doce, e pelo curupira. Deste jeito ela foi batizada por eles com o nome de Florfuma. A Iara sempre dizia:
- Nunca se afaste de nós. Pois, você pode virar escrava de alguém que lhe oferecer uma simples flor.
Porém, Florfuma não dava bola para esta profecia.
Quando esta garota chegou à adolescência, resolveu abandonar seus pais de criação para fazer travessuras nas fazendas dos brancos. Como ela gostava de fumar, esta moça batia palmas nos sítios e perguntava:
- Tem fumo?
Quando a pessoa oferecia o que ela estava procurando, Florfuma agradecia ficava feliz. Mas quando a criatura negava, a garota aparecia de noite para fazer travessuras.
Uma tarde de primavera, esta jovem bateu numa casa onde uma senhora arrumava o jardim e disse:
- Tem fumo?
A idosa disse:
- Não.
- Mas lhe ofereço esta flor.
A adolescente fez cara de pânico e falou:
- A senhora acabou de quebrar o meu encanto. Pois quando uma pessoa oferece uma flor para mim, eu viro sua escrava imediatamente.
Deste jeito a moça pegou o material de limpeza, fez faxina e passou a obedecer a dona da casa.
Uma vez, Florfuma escorregou, no chão molhado onde fazia limpeza e morreu.
Quando chegou ao céu, São Pedro disse:
- Você não foi boa o suficiente para ir ao céu e nem má o bastante para ir ao Inferno. Por isto, voltará para a Terra com a mesma missão e ficará lá, virando uma escrava para quem lhe oferecer uma flor.
Deste jeito a jovem voltou para a mesma floresta e começou a caminhar. Assim viu uma fazenda. Ao se aproximar avistou uma criança, de quatro anos de idade, brincando no jardim e disse:
- Quero fumo!
Porém a menina mostrou uma rosa para a moça que logo disse:
- Como você me ofereceu uma flor, serei sua escrava até sua morte.
Dizem que até hoje, Florfuma bate nas casas pedindo fumo e torna-se escrava de quem lhe oferece uma flor.
Luciana do Rocio Mallon




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui